PROJETO

Gestão Covas vai comprar vagas avulsas de creche em unidades particulares

Publicado em: 11/11/2019 20:20 | Atualizado em: 11/11/2019 20:30

A meta da gestão Covas é criar 85,5 mil novas matrículas até o fim de 2020 ( Foto: Divulgação)
A meta da gestão Covas é criar 85,5 mil novas matrículas até o fim de 2020 ( Foto: Divulgação)
A gestão Bruno Covas (PSDB) vai comprar vagas avulsas de creche em instituições particulares da cidade de São Paulo. 

O secretário de Educação, Bruno Caetano, deve apresentar o projeto de lei do programa Mais Creche, detalhando como será feita a compra das vagas nesta terça-feira (12). A medida é uma tentativa de atingir a meta de criação de mais de 85 mil vagas na cidade. 

Os pais e mães inscreverão o filho num cadastro e caberá à prefeitura distribuir a demanda. 

Hoje, a prefeitura tem apenas dois modelos: as unidades próprias e as creches terceirizadas. Este último modelo vive uma crise, uma vez que investigações descobriram uma máfia das creches na cidade de São Paulo, que desvia verba e dinheiro das unidades. 

No fim de setembro, 75.267 crianças aguardavam ser chamadas. 

A meta da gestão Covas é criar 85,5 mil novas matrículas até o fim de 2020. Até o fim de setembro foram geradas 52,8 mil vagas. 

A criação de vagas em creches é uma das apostas da gestão Covas como vitrine eleitoral. 

MÁFIA DAS CRECHES
A gestão Covas decidiu exonerar gestores de 104 creches da cidade, por suspeita de desvios e de falsificação de documentos. 

A medida aconteceu em meio a operações policiais e reportagens do jornal Folha de S.Paulo sobre a máfia que atua nas creches terceirizadas. 

Trinta e cinco entidades foram substituídas por outras 33, que já atuam no sistema de educação infantil da cidade. As unidades têm cerca de 15 mil alunos, dos 338 mil na cidade. 

Responsáveis por outras 12 unidades foram descredenciadas após operação da Polícia Civil. 

Neste mês, a Secretaria da Educação anunciou que apurou, em parceria com a CGM (Controladoria Geral do Município), que as 104 unidades apresentaram diferenças na prestação de contas na casa de R$ 10 milhões. No processo, foi comparado, por exemplo, o declarado e o recolhido em benefícios sociais de funcionários contratados.

A reportagem apurou que algumas entidades, após questionamentos, nem sequer apresentaram defesa no prazo previsto.  

O problema mais evidente encontrado foram desvios de encargos sociais de trabalhadores e falsificação de guias. No entanto, a máfia das creches é suspeita de crimes como apropriação indébita, peculato, formação de quadrilha, ocultação de patrimônio e até de desviar comida das crianças. 
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