DESCOBERTA

Aos 46 anos, cuidadora descobre que foi criada como filha por homem que a sequestrou

Publicado em: 06/11/2019 11:10

Simone Garcia procura pela mãe biológica. (Foto: Oliveira Alves/Reprodução/TV Gazeta
)
Simone Garcia procura pela mãe biológica. (Foto: Oliveira Alves/Reprodução/TV Gazeta )
Uma cuidadora que mora em Cariacica, em Vitória, no Espírito Santo, descobriu aos 46 anos de idade que o homem que acreditava ser seu pai é, na verdade, a pessoa que a sequestrou quando ela tinha apenas dois anos, no interior de São Paulo. 

Depois da morte de Pedro Antônio Garcia em 2006, o suposto pai, Simone começou a investigar dúvidas que sempre teve sobre a família. Agora, procura pela mãe biológica, Neide Aparecida Pereira, que ela sabe que hoje tem 66 anos, caso esteja viva.

Em entrevista ao G1, ela reforçou o sonho do encontro. "O meu sonho é poder abraçar ela, se ela ainda estiver conosco. Mas pelo menos vou ficar feliz de descobrir a verdade", disse.
 
"Sempre tive o sonho de ter minha mãe. Como meu pai era uma pessoa muito agressiva, já foi preso aqui por agressão, eu queria saber mesmo como tinha sido, se minha mãe tinha morrido mesmo. Fui atrás do atestado de óbito dela e nunca encontrei", contou.
 
Simone descobriu através da madastra que já foi havia morado no município de Tanabi, interior de São Paulo. A partir disso, os vestígios do sequestro vieram à tona. 

Em ligação para a delegacia local de Tanabi, encaminharam a cuidadora para um contato com o fórum. "Uma pessoa desarquivou o processo a meu pedido. Acabei descobrindo que não era um processo de uma briga qualquer, por exemplo, era de sequestro, do meu sequestro", revelou.

Ainda no fórum, Simone descobriu que Pedro, na verdade, foi casado com uma prima do pai biológico dela. Na ação, ela encontrou o boletim de ocorrência registrado pela mãe biológica de Simone, na Polícia Civil. Ela registrou que, no dia 7 de abril de 1975, foi buscar lenha nas proximidades de casa e, ao retornar, notou a ausência de Pedro e da filha Simone, que na época tinha dois anos.
 
A cuidadora conta com a ajuda de uma organização não governamental (ONG) para encontrar a mãe.

 
 
 
 

 
 
 
Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL