O engenheiro pernambucano Djalma Rodrigues de Souza, 67 anos, ex-diretor de Novos Negócios da Petroquisa, foi preso pela Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (21), no Rio de Janeiro, durante a 52ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Greenwich. Ele, que já havia sido alvo da 46ª fase da Lava Jato, deflagrada em outubro do ano passado, é suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a empresa, principal braço da Petrobas na área de petroquímica. A tentativa de prisão do ex-diretor mobilizou cerca de 40 policiais federais ligados à Superintendência da PF em Pernambuco. Eles realizaram buscas até a residência do ex-diretor, no Recife e, na casa de familiares em Timbaúba, sua terra natal, mas Djalma acabou detido na capital carioca. Os policiais federais também tinham mandado de prisão decretado contra o filho dele, Douglas Campos Pedrosa de Souza, também réu na Lava Jato. Douglas se apresentou na sede da PF, em São Paulo, no fim desta manhã de quinta-feira.
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Ex-diretor da Petrobras Djalma Rodrigues é preso pela Polícia Federal
O engenheiro pernambucano já havia sido alvo de outra fase da Operação Lava Jato, em outubro do ano passado
Durante a investigação, os procuradores desconfiaram das movimentações financeiras, uma vez que divergiam dos rendimentos declarados por Djalma Rodrigues à Receita Federal do Brasil. Os procuradores também descobriram que ele, quando era diretor da Petrobras, interferiu em favor de empresas geridas por parentes, favorendo-os em contratos públicos. A defesa dos suspeitos presos informou à Imprensa, que eles ainda não tiveram acesso às novas denúncias e só irão se manifestar nos autos do processo.
O juiz Sérgio Moro alegou que a prisão preventiva do ex-diretor foi necessária para a investigação. "Enquanto não recuperado o produto do crime de corrupção, que no caso envolvem mais de R$ 17 milhões, boa parte depositada em contas secretas no exterior, há um risco de que ele seja submetido a novas condutas de ocultação e dissimulação com o acusado em liberdade", diz nos autos.
Segundo o magistrado, em duas contas na Suíça, teriam sido depositados aproximadamente R$ 5 milhões. No entanto, autoridades daquele país informaram ao judiciário brasileiro que as contas foram encerradas. Os valores foram portanto dissipados pelo acusado durante as investigações, após terem se iniciado as investigações da Operação Lavajato. A conclusão necessária é que o acusado, diante dos avanços das investigações e que incluiu a extensa cooperação com a Suíça, movimentou os ativos para local ainda desconhecido, provavelmente para outros países, frustrando os direitos de sequestro e confisco da sociedade", diz Moro no despacho. A conta da Suíça era controlada pelo filho de Djalma, Douglas.