Leia: Pai constrói casa de brinquedo para filho e recebe aumento no IPTU
A funcionária pública Wanda Maciel, 53 anos, mora com o marido e filho no mesmo terreno desde 2008. Em setembro, a família recebeu um boleto de R$ 707,92, R$ 340 a mais do que deveria ser cobrado, segundo Wanda. Ao achar caro e ter consciência que a mais recente construção no terreno havia sido feita em 2010, ela procurou a Secretaria de Fazenda. "Lá me perguntaram se não tinha levantado nada e respondi que não. Mas daí descrevi que havia essa casinha e um toldo que protegia as bicicletas. Foi quando responderam que poderia ser isso. Inclusive, afirmaram que tudo que faz sombra gera IPTU. Fizeram pouco caso", conta Wanda. Para não pagar pela casinha, funcionários disseram que ela teria que destruí-la.
A Secretaria de Fazenda, porém, deu outra versão após a história chegar às redes sociais. Em nota, a pasta informou que, quando foram feitas as imagens por meio de aerofotogrametria, entre abril e junho de 2016, a estrutura feita de embalagens nem sequer existia. Wanda confirma que a casa de brinquedo começou ser montada em janeiro de 2017. Ou seja, a cobrança não era da estrutura.
Pelas regras do IPTU no DF, todas as áreas edificadas são passíveis de cobrança e devem ser consideradas no cálculo. Porém, os fiscais verificaram que, mesmo com diversas áreas cobertas, algumas poderiam ser descontadas "por não estarem efetivamente edificadas pela falta de infraestrutura como paredes, por exemplo", destacou a nota da Secretaria.
Dessa forma, o valor total caiu R$ 190 (R$ 518,79). "O novo boleto foi emitido na terça-feira e já paguei. Estou mais feliz em não ter que destruir a casinha do que pela questão do valor", alegou Wanda. Para ela, essa é uma situação para a população de Brasília não descuidar e pagar o que não precisa. "Precisamos entender aquilo que está sendo cobrado. Não é apenas receber e pagar."