Renatha Thereza foi encaminhada à 19ª Delegacia de Polícia (Setor P Norte - Ceilândia). Ela havia chegado de viagem de São Paulo e alegou aos agentes da polícia civil que estava em tratamento de câncer. Desde agosto, a polícia investiga a atuação da falsa médica. Na época, medicamentos de tarja preta, como morfina, foram apreendidos na residência de Renatha. Novamente, a suspeita assinou o termo circustanciado e foi liberada. O crime é enquadrado no artigo 282 do Código Penal Brasileiro e a pena é de seis meses a dois anos.
"Ficou bem claro para nós que ela fazia dessas atuações a sua forma de vida. Então, os remédios apreendidos foram encaminhados para a criminalística para avaliação. Como de fato eram de tarja preta, pudemos expedir um novo mandado de prisão, pela aplicação de medicação restrita", explica o delegado Fernando Fernandes, da 19ª DP.
Ela vai responder pelos crimes de falso exercício da medicina, estelionato e aplicação de medicação de uso restrito. Apenas pelo último crime, Renatha deve pegar de 10 a 15 anos de prisão. A falsa médica foi encaminhada para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia.
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Golpes
Os atendimentos médicos de Renatha ocorriam nas residência dos clientes e em hospitais das redes públicas e privadas. A falsa médica já se passou como oncologista, dermatologista, ortopedista, ginecologista, embriologista e clínico geral. Nessas atuações, chegou a cobrar R$ 13 mil por tratamento de fertilidade.
Para que os pacientes não a encontrassem, a acusada mudava constantemente de telefone. Na delegacia, testemunhas prestaram depoimento sobre as ações de Renatha. "Após ela ser presa, chegaram outras denúnicas sobre a Renatha. Uma delas é de que ela fazia vendas fantasmas de cooperativas habitacionias", explica o delegado. Ela cobrava por esses serviços de R$ 2,5 a R$ 5 mil.