Brasil

Outdoor contra direitos dos deficientes é campanha da Prefeitura

Os outdoors instalados em Curitiba, que causaram revolta em todo o país, pediam a redução em 50% das vagas exclusivas para deficientes e a extinção de cotas em empresas para esse segmento da população


Outdoors espalhados por vários bairros de Curitiba pedindo o fim dos privilégios dos deficientes gerou grande revolta nas redes sociais. Entretanto, as imagens chocantes não passaram de uma ação publicitária da Prefeitura local para abrir os olhos da população em relação às dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência.

O grupo responsável pela ação, intitulado "Movimento Pela Reforma de Direitos" se manifestou nesta terça-feira (1/12) para explicar a sacada. Em vídeo, postado nas redes sociais, o grupo esclareceu:

"Nós sabemos que vocês ficaram chocados com as revindicações feitas pelo movimento. E esse choque, é o nosso alívio. O desrespeito que aconteceu na internet durou só um dia, mas as pessoas com deficiência enfrentam essa afronta todos os dias.

Esperamos que cada um que se revoltou, na internet, seja uma VOZ REAL na luta pelos nossos direitos. Que não se calem ao ver uma pessoa com deficiência sendo desrespeitada ou discriminada. Denunciem! Não se revoltem somente nas redes sociais."

Em vídeo, Mirella Prosdocimo, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a campanha conseguiu o que pretendia: chamar a atenção de bilhões de pessoas para o dia internacional das pessoas com deficiência, comemorado em 3 de dezembro. " Não se revoltem somente nas redes sociais. Que essa atitude positiva de milhões de pessoas seja um exemplo para que a sociedade seja mais inclusiva e que seja um modelo para o Brasil inteiro".


Entenda o caso

As imagens, que causaram revolta em todo o país, pediam redução em 50% das vagas exclusivas para deficientes e a extinção de cotas em empresas para esse segmento da população. O grupo também defendia o fim das cotas em concursos públicos, dos direitos a isenção de impostos na compra de automóveis e até de gratuidade em programações culturais para os deficientes.

Em instantes, vários usuários do Facebook invadiram o página do grupo para questionar a iniciativa. "Esta página é uma piada? Se for, é uma piada de muito mal gosto", diz um deles. "Cara, achei que isso aqui era uma zoeira", diz outro. Outros usuários se articulam para denunciar a página por crime de ódio junto à Polícia Federal. O assunto também foi um dos mais discutidos no Twitter nesta segunda-feira (30/11).

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