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Linha do tempo

Castelo Branco

1964

O presidente da República João Goulart, que assumiu com a renúncia de Jânio Quadros (em 1961), planejava implantar as Reformas de Base.
13 de março, Jango realiza um grande comício na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, onde defende as Reformas de Base nas estruturas agrícolas, sociais e educacionais.
19 de março - foi realizada a "Marcha da Família com Deus da Liberdade", que era composto por opositores de Jango que não concordavam com as Reformas de Base.
31 de março, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país e se refugia no Uruguai.
1º de abril, com a saída de Jango do país, os militares tomam o poder. Em Pernambuco, Miguel Arraes é preso pelo IV Exército por se negar a renunciar o cargo de governador.
2 de abril - Marechal Castelo Branco é escolhido pela junta militar como presidente interino do Brasil.
9 de abril - é decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1), que tira a estabilidade dos funcionários públicos, cassa os direitos políticos dos opositores por dez anos e classifica como clandestinas as "legendas subversivas".
11 de abril - General Marechal Castelo Branco é eleito como presidente da República. A votação aconteceu no Congresso Nacional com 361 votos à favor e 71 abstenções.
15 de abril - Marechal Castelo Branco é empossado presidente. O seu governo inicialmente tinha pretensões de terminar o mandato de Jango.
13 de junho - Presidente Castelo Branco cria o Sistema Nacional de Informação (SNI), que tem o objetivo de investigar qualquer cidadão ou movimento que possa conspirar contra o governo militar.
30 de novembro - Castelo Branco institui o "Estatuto da Terra" através da Lei Nº 4504.

1965

27 de março - Os presidentes Marechal Castelo Branco (Brasil) e Alfredo Stroessner (Paraguai) inauguram a Ponte da Amizade.
25 de maio - Após 11 meses de prisão em Fernando de Noronha, Miguel Arraes é libertado e exilado na Argélia.
No mês de julho os governadores Magalhães Pinto (Minas Gerais) e Carlos Lacerda (Rio de Janeiro) rompem com o presidente Castelo Branco.
3 de outubro - são eleitos 11 governadores através do voto direto. Já a eleição para o Congresso é suspensa por um ano pelo presidente Castelo Branco que prorroga o tempo do seu governo até 1967.
27 de outubro - Instaurado o Ato Institucional Numero Dois (AI-2), que dissolve o Congresso, extingue os 13 partidos. Os parlamentares têm que se dividir em dois blocos, a Aliança Renovadora Nacional (Arena), que representava a situação, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), oposição. Também legitima as eleições indiretas, a cassação dos mandatos políticos de opositores, a intervenção federal no Legislativo e a perda dos direitos dos funcionários públicos.

1966

5 de fevereiro - O Ato Institucional Número Três (AI-3) é decretado. Oficializa as que eleições de governadores e vice-governadores passam a ser indiretas. O AI-3 também confirma as eleições dos prefeitos das capitais e de outras cidades através da indicação realizada pelos governadores eleitos.
5 de junho - O governador Adhermar Barros é afastado e cassado pelo presidente Castelo Branco com a acusação de corrupção.
6 de junho - Apesar de exilado na União Soviética, o presidente do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Luís Carlos Prestes, é condenado a 14 anos de prisão pelo crime de "subversão".
22 de julho - Os ministros das Relações Exteriores do Brasil (Jurancy Magalhães) e do Paraguai (Sepena Pastor) assinam a "Ata Iguaçu", que determina os estudos para a construção da Usina Itaipu.
25 de julho - Acontece no Recife o "Atentado do Aeroporto Internacional dos Guararapes". A ação tinha como alvo o presidente Marechal Castelo Branco.
13 de setembro - O presidente Castelo Branco saciona a lei que estabelece o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)

Costa e Silva

1966

3 de outubro - O Congresso elege com 294 votos o Marechal Costa e Silva, que iria substituir Castelo Branco no próximo ano. Durante a eleição indireta, o MDB não votou em protesto.
15 de novembro - Ocorre as eleições dos membros do Congresso Nacional. Um terço <f><f>das vagas para deputado foi ocupada através do voto direto.
19 de novembro - Carlos Lacerda e Juscelino Kubistchek emitem a "Carta de Lisboa", que visava criar a "Frente Ampla" contra o Regime Militar.
7 de dezembro - É decretado o Ato Institucional Número Quatro (AI-4), que convocou o Congresso Nacional para revogar a Constituição de 1946 e garantir a promulgação da nova Constituição que seria votada em 1967.

1967

18 de janeiro - O Congresso rejeita a emenda que estabelece a eleição direta para presidente e vice-presidente da República.
24 de janeiro - É promulgada a Constituição de 1967.
9 de fevereiro - Decretada a Lei de Imprensa, que restringe a liberdade de expressão dos meios de comunicação da época. A sua revogação aconteceu no dia 30 de abril de 2009 pelo Superior Tribunal Federal (STF).
2 de março - O Conselho Pernambucano de Justiça da 7ª Região Militar condena o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes a 23 anos de prisão pelo crime de subversão.
13 de março - Promulgada a Lei de Segurança Nacional pelo presidente Castelo Branco.
15 de março - Marechal Costa e Silva é empossado presidente sucedendo o Marechal Castelo Branco.
15 de março - Entram em vigor a Lei Nacional de Segurança e a nova Constituição Brasileira.
18 de julho - Morre o ex-presidente militar Marechal Castelo Branco em um acidente aéreo em Fortaleza.
2 de agosto - Dos 133 parlamentares do MDB, 120 deles se negam a participar da Frente Ampla. O principal motivo alegado seria que Lacerda daria um golpe para ficar com a Presidência.
24 de setembro - Lacerda viaja para se encontrar com o ex-presidente João Goulart no Uruguai. O encontro com Jango irritou "a linha dura" que decidiu ficar contra Lacerda.
Neste mesmo ano começa o período conhecido como "Milagre Econômico Brasileiro" que se estende até 1973.

1968

28 de março - O estudante secundarista Edson Luís é morto com um tiro no peito durante a passeata relâmpago contra a alta do preço dos alimentos no Rio de Janeiro.
29 de março - 50 mil pessoas protestam nas ruas do Rio de Janeiro contra a repressão exercida pela "linha dura" do governo militar.
2 de abril, a UNE e movimentos ativistas organizam diversas manifestações em todo o país para relembrar a morte do estudante Edson Luís.
5 de abril, o movimento político denominado de "Frente Ampla" é proibida pelo ministro da Justiça, Luís Antônio Gama e Silva.
6 de abril - Diversos comícios são realizados diante da "ilegalidade" da Frente Ampla.
20 de abril - Atentado a bomba destrói a frente do jornal Estado de São Paulo.
15 de maio - Bomba explode na entrada da Bolsa de Valores de São Paulo.
12 de junho - Acontece o caso "Para-sar". O militar Carlos Ribeiro Miranda denuncia o brigadeiro Paulo Burnier que pretendia explodir bombas nas vias públicas do Rio de Janeiro para culpar os movimentos esquerdistas.
26 de junho - Membros da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) lançam um carro-bomba contra o quartel-general do II Exército em São Paulo. Um sentinela morre e seis militares ficam feridos;
26 de junho - Ocorre a Passeata dos Cem Mil, no Rio de Janeiro. Na ocasião houve confronto com a polícia e os estudantes.
1° de julho - Membros do Comando de Libertação Nacional (Colina) assassinam a tiros o major do Exército alemão Edward Ernest Tito Maximillian von Westerhagen.
2 de outubro - A Universidade de São Paulo (USP) é fechada por militares após o confronto entre estudantes de esquerda (da USP) e de direita (da Universidade Mackenzie).
12 de outubro - Membros do Dops e do DOI-CODI prendem estudantes que participavam do XXX Congresso Nacional da UNE, em Ibiúna, São Paulo.
21 de novembro - O presidente Costa e Silva emite o Decreto Nº 5536/68, conhecido como a "Lei da Censura";
22 de novembro - É criado o Conselho Superior de Censura.
13 de dezembro - Editado o Ato Inconstitucional Número Cinco (AI-5), que se sobrepõe à Constituição de 1967, dando poderes extraordinários ao presidente da República e suspendendo diversas garantias constitucionais. O Congresso Nacional é fechado por quase um ano, cassa mandatos de políticos e institui a repressão.
2 de dezembro - O Comando de Caça aos Comunistas (CCC) realiza um atentado à bomba no Teatro Opinião. Na época o Governo Militar culpou os próprios "subversivos" pela autoria do ataque.
22 de dezembro - Gilberto Gil e Caetano Veloso são presos no Rio de Janeiro após protestarem contra a Ditadura. Em 1969, Chico Buarque se exilaria na Itália para fugir da repressão.

1969

16 de janeiro - Mário Covas e mais 42 deputados são presos sobre a alegação de pertencerem a movimentos comunistas.
25 de janeiro - Carlos Lamarca, capitão do Exército, foge fortemente armado do Regimento de Infantaria do Rio de Janeiro e organiza uma guerrilha armada junto com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).
1º de fevereiro - Editado o Ato Institucional Número Seis (AI-6), que tinha a função de reduzir de 16 para 11, o número de ministros no Superior Tribunal Federal (STF).
26 de fevereiro - Editado o Ato Institucional Número Sete (AI-7), que complementa o AI-6 suspendendo todas as eleições para novembro de 1970.
2 de abril - Editado pelo presidente Costa e Silva o Ato Institucional Número Oito (AI-8), que tinha como base estabelecer reformas administrativas nos estados, o Distrito Federal e as cidades com mais de 200 mil habitantes.
25 de abril - Editado o Ato Institucional Número Nove (AI-9), que estabelece as regras para a Reforma Agrária.
16 de maio - O Ato Institucional Número Dez (AI-10) foi editado determinando a cassação, demissão e suspensão dos direitos políticos dos funcionários públicos que forem contra os Atos Institucionais.
26 de maio - O padre Henrique, braço direito de dom Helder Camara, é assassinado no Recife.
1º de julho - O governador de São Paulo, Abreu Sodré cria a Operação Bandeirantes (Oban), que teria como objetivo caçar os comunistas no estado.
18 de julho - Militantes da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) roubam US$ 2,8 milhões (equivalentes hoje US$ 16,2 milhões) do ex-governador de São Paulo, Adhermar Barros.
14 de agosto - O presidente Costa e Silva edita o Ato Institucional Número Onze (AI-11), que impôs um novo calendário eleitoral, cujo o pleito aconteceria no dia 15 de novembro;
31 de agosto - Por conta de um derrame, Costa e Silva se afasta da Presidência, que substituído por uma Junta Militar.
1º de setembro - Editado o Ato Institucional Número Doze (AI-12) que tem como objetivo oficializar o afastamento do presidente Costa e Silva e impedir que o seu vice, Pedro Aleixo, seja empossado na Presidência.
4 de setembro - O Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8) sequestra o embaixador norte-americano Charles Buck Elbrinck. Os militantes do MR-8 pediram a libertação de 15 prisioneiros políticos.
5 de setembro - O Ato Institucional Número Treze (AI-13) é editado pela Junta Militar. Nele, os militares assumem definitivamente o governo fFederal.
7 de setembro - O governo militar liberta 15 prisioneiros políticos em troca do embaixador norte-americano Charles Buck Elbrinck.
10 de setembro - Decretado o Ato Institucional Número Quatorze (AI-14), que estabelece a modificação do artigo 150 da Constituição de 1967.
11 de setembro - Decretado o Ato Institucional Número Quinze (AI-15), que impôs as eleições municipais sobre intervenção do Estado Militar no dia 15 de novembro de 1970.

Garrastazu Médici

1969

7 de outubro - A Junta Militar é desfeita e anuncia o general Emílio Garrastazu Médici como candidato do regime à Presidência da República.
8 de outubro - Militantes do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8) sequestram um avião da Cruzeiro do Sul que realizava a rota Rio-Manaus. 43 passageiros e sete tripulantes foram levados para Cuba.
15 de outubro - O Congresso Nacional é reaberto. Dez dias depois, são realizadas eleições indiretas e Médici é eleito presidente com 293 votos, sendo 75 abstenções.
30 de outubro - General Médici assume a Presidência da República.
4 de novembro - Carlos Marighella, um dos fundadores da Ação Libertadora Nacional (ALN), é morto em uma emboscada.
17 de dezembro, falece o general Costa e Silva. Ele já tinha sofrido um derrame cerebral meses antes e tinha sérios problemas de saúde.

1970

11 de março - O cônsul japonês Nobuo Okuchi é sequestrado pela Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).
14 de março - O governo militar solta cinco presos políticos em troca da garantia da vida do cônsul japonês Nobuo Okuchi.
15 de março - A Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) liberta o cônsul japonês Nubuo Okuchi.
1º de julho - Um avião da Cruzeiro do Sul com 34 passageiros e sete tripulantes é sequestrado por quatro terroristas da Dissidência Estudantil de Niterói.
11 de julho - O embaixador alemão Ehrenfried von Holleben é sequestrado no Rio de Janeiro por militantes da Ação Libertadora Nacional (ALN) e da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Por conta da mobilização internacional contra o sequestro, 40 prisioneiros são liberados e seguem exilados para a Argélia.;
31 de julho - O cônsul brasileiro Aloísio Mares Dias Gomide é sequestrado por ativistas de esquerdas uruguaios.
7 de setembro - O embaixador suíço Giovanni Bücher é sequestrado por membros da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Em troca de sua vida, a VPR exige o congelamento dos preços por 90 dias, a liberação das roletas das estações de trem do Rio e a libertação de 70 presos políticos.

1971

13 de janeiro - Atendendo a pedidos dos militantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), o governo militar libera 70 presos políticos. Estes foram exilados para o Chile.
16 de janeiro - O embaixador suíço Giovanni Bücher é libertado pela manhã nas proximidades da Igreja da Penha, no Rio de Janeiro.
5 de agosto - O governo militar deflagra a Operação Mesopotâmia, que aconteceu nos estados do Maranhão e Goiás e tinha como objetivo lutar contra as "guerrilhas subversivas" que ameaçavam o regime ditatorial.
21 de agosto - 215 homens pertencentes ao DOI-CODI, Policia Militar da Bahia e ao Exército deflagram a Operação Pajussara, que tem como objetivo caçar Carlos Lamarca no Sertão baiano.
17 de setembro - Carlos Lamarca é assassinado pelas forças de repressão na cidade de Pintada, no interior da Bahia.

1972

12 de abril - A Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) começa a atacar postos militares na região do rio Araguaia.
21 de abril - Deflagrada a Operação Papagaio, no Rio Araguaia, que teve a participação de 1.500 homens com o objetivo de acabar com a guerrilha.

1973

23 de abril - O presidente do Brasil (Emílio Médici) e do Paraguai (Alfredo Stroesser) assinam o "Tratado de Itaipu", que permite a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu, localizada no Rio Paraguai.
7 de outubro - Deflagrada a Operação Marajoara, que aconteceu novamente no Araguaia, desta vez com 400 homens disfarçados e fortemente armados. A ação durou um ano e exterminou todos os militantes das guerrilhas.

Ernesto Geisel

1974

15 de janeiro - Ernesto Geisel (Arena) vence as eleições internas disputadas contra o deputado Ulisseis Guimarães (MDB).
15 de março - O general Emílio Geisel assume a Presidência do Brasil, com a missão de tentar "abrir" politicamente o Brasil.
27 de maio - O general Sylvio Couto Coelho Frota assume o Ministério do Exército. Ele enfraquece a "linha dura" do regime com a intenção de conseguir se candidatar ao cargo de presidente e sucessor de Geisel.

1975

Em janeiro - Militares deflagram a Operação Limpeza, que tem como objetivo apagar qualquer registro dos rastros da batalha e dos corpos deixados para trás durante o confronto entre a guerrilha e os militares.
24 de outubro - Os jornalistas Vladimir Herzog, George Benigno Duque Estrada e Rodolfo Konder são presos e torturados pelo DOI-CODI de São Paulo.
25 de outubro - Herzog foi encontrado morto na cela do DOI-CODI. A entidade militar tenta simular uma tentativa de suícidio.

1976

19 de janeiro - por conta da repercussão sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog, o comandante do II Exército Ednardo D'Ávila Mello foi exonerado pelo próprio presidente Ernesto Geisel.
24 de junho - O Congresso Nacional aprova a Lei Falcão, que regula a propaganda eleitoral no rádio e na televisão.
22 de agosto - O ex-presidente Juscelino Kubitschek morre em um acidente automobilístico na Rodovia Presidente Dutra, na cidade de Resende, no Rio de Janeiro.
26 de outubro - Militares entram em conflito com 173 posseiros no Pará. O caso ficou conhecido como "II Guerrilha do Araguaia" e durou até 1980.
15 de novembro- Ocorrem as eleições para vereadores municipais.
16 de novembro - Ocorre a chacina da Lapa, quando três dirigentes do Partido Comunista do Brasil (PCB) são assassinatos em tiroteio contra policiais políticos do DOI-CODI.

1977

1° de abril - O presidente Ernesto Geisel fecha o Congresso Nacional.
13 de abril - O presidente Ernesto Geisel outorga o Pacote de Abril, que além de fechar o Congresso Nacional, reserva dois terços das vagas do Senado para as eleições de 1978.
14 de abril - O presidente Ernesto Geisel reabre o Congresso Nacional.
12 de outubro - Geisel exonera o general Fernando Belfort Bethlem do comando do Exército. O motivo do afastamento foi a descoberta de movimentações de Sylvio Frota para conseguir derrubar Geisel do poder.
Movimentos estudantis ampliam manifestações pedindo a "Anistia" para todos os exilados políticos do Brasil.

1978

4 de agosto - O presidente Ernesto Geisel assina o decreto de lei que proíbe a greve nos setores de segurança nacional e serviços públicos do país.
1º de setembro - São eleitos os primeiros senadores biônicos. Quase todos eram pertencentes à Aliança Renovadora Nacional (Arena). O único senador eleito pelo MDB foi Amaral Peixoto, do Rio de Janeiro.
13 de outubro - O Ato Institucional Número Cinco (AI-5) é extinto através da promulgação da emenda nº 11 da Constituição de 1967.
15 de outubro - São realizadas eleições indiretas para presidente do Brasil.

João Fiqueiredo

1978

16 de outubro - A Arena elege o seu candidato, o general João Figueiredo, com 61% dos votos contra os 39% do candidato do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), o general Euler Bentes.
27 de outubro - A Justiça responsabiliza a União pela morte do jornalista Vladimir Herzog, ocorrida nas depedências do DOI-CODI de São Paulo.

1979

15 de março - João Figueiredo assume a Presidência da República como sucessor de Ernesto Geisel. Figueiredo segue com o conceito de redemocratização e abertura política do Brasil.
28 de agosto - É promulgada a Lei da Anistia (ampla, geral e irrestrita), que concede anistia a todos que cometeram crimes políticos e eleitorais entre as datas de 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979.
27 de novembro - O bipartidarismo é extinto. A Aliança Renovadora Nacional (Arena) é rebatizada com o nome de Partido Democrático Social (PDS). O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) se fragmenta em Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Brizola volta do exílio e oficializa a criação do Partido Democrático Trabalhista (PDT).

1980

10 de fevereiro - Dirigentes sindicais, esquerdistas e católicos ligados à Teologia da Libertação fundam o partido dos Trabalhadores (PT) durante seminário no Colégio Sion, em São Paulo. O PT fica na ilegalidade até 1983.
27 de agosto - Uma carta-bomba é detonada no Rio de Janeiro. Tinha como alvo o vereador Antônio Carlos Carvalho que escapou ileso.
28 de agosto - Carta-bomba explode, desta vez na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O alvo do atentado seria o presidente da instituição, Eduardo Seabra Fagundes.
6 de agosto - O general Golbery do Couto e Silva pediu demissão do Gabinete Civil da Presidência. Ele foi acusado pela imprensa como o principal articulador dos atentados.
13 de novembro - O Congresso Nacional aprova por unanimidade a emenda constitucional que restabelece as eleições diretas para governadores nos estados.

1981

25 de fevereiro - Luís Inácio Lula da Silva e outros sindicalistas vinculados ao Partido dos Trabalhadores (PT) são condenados a três anos de prisão por incitamento à desordem coletiva.
30 de abril - Ocorre o atentado do Riocentro, quando duas bombas explodem dentro de um carro durante a Festa do Trabalhador. O governo inicialmente culpa movimentos de esquerda pela ação.

1982

11 de fevereiro - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concede registro definitivo ao Partido dos Trabalhadores (PT) por unanimidade de votos.
22 de março - Os candidatos ao governo de São Paulo, Franco Montoro (PMDB) e Reinaldo Barros (PDS), realizam o primeiro debate em TV após a queda da Lei Falcão.
22 de junho - Os padres franceses Aristides Camio e François Gouriou e posseiros de São Geraldo do Araguaia são condenados pela Lei de Segurança por não saírem das terras que eram utilizadas pelas antigas guerrilhas.
15 de novembro - São realizadas eleições diretas para governadores, senadores, prefeitos, deputados federais e estaduais.
13 de dezembro - São presos 91 membros do Partido Comunista Brasileiro (PCB) por participarem do 7º Congresso da própria legenda, em São Paulo.

1983

2 de março - Recém-empossado, o deputado federal Dante de Oliveira apresenta a Proposta Emenda Constitucional (PEC) Nº 5 que visa mudar a Constituição de 1967 e garantir o voto direto para presidente.
22 de março - Tomam posse os 22 governadores eleitos diretamente após o Golpe de 1964. Em Pernambuco, Roberto Magalhães (PDS) assume o governo do estado junto com o seu vice, Gustavo Krause.
31 de março - Ocorre a primeira manifestação da campanha Diretas Já, que pedia votos diretos para presidente. Ela foi organizada por membros do PMDB no município de Abreu e Lima, em Pernambuco.
15 de junho - A segunda manifestação pelas Diretas Já foi realizada em Goiana. Cinco mil pessoas participaram do evento.
26 de junho - Três mil pessoas se reúnem em manifestação de apoio a iniciativa das Diretas Já em Teresina, no Piauí.
12 de agosto - Diversas cidades pernambucanas realizam comícios de apoio às Diretas Já pedindo a votação direta para presidente.
26 de novembro - Dez governadores da oposição (nove do PMDB e um do PDT) exigem ao governo federal que restabeleça as eleições diretas para presidente da República.
Diante das manifestações pelas Direta Já, o presidente João Figueiredo anuncia a inflação de 239% e classifica os militantes do Direta Já como subversivos.
7 de dezembro - Governadores do PMDB e o governador Leonel Brizola (PDT) declaram apoio ao oposicionista Tancredo Neves (PMDB).

1984

5 de janeiro - Militantes de partidos políticos realizam a 7º passeata pedindo voto direto para presidente através do movimento Diretas Já. A manifestação aconteceu na cidade de Olinda, Pernambuco.
20 de janeiro - A Pastoral da Terra, marxistas e camponeses realizam em Cascavel (PR), o 1º Encontro Nacional dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e fundam o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
25 de janeiro - 300 mil pessoas de diversos segmentos da população saem na rua apoiando as Diretas Já. Sobre a liderança do governador Tancredo Neves, a população sofre pressão por meio da repressão política.
27 de janeiro - 30 mil pessoas saem apoiando o movimento das Diretas Já nas ruas de Olinda, Pernambuco.
17 de fevereiro - 17 mil pessoas realizam uma passeata na capital pernambucana apoiando a iniciativa das Diretas Já.
24 de fevereiro - 400 mil pessoas participam da manifestação pelas Diretas Já em Belo Horizonte (MG).
21 de março - 200 mil pessoas realizam a segunda passeata da Candelária à Cinelândia pedindo as Diretas Já.
7 de abril - Em Petrolina, no Sertão pernambucano, 30 mil pessoas participam de mais um comício pedindo eleições diretas.
10 de abril - Em comício no Rio de Janeiro, a cantora Fafá de Belém consegue fazer com que o deputado Dante de Oliveira discurse durante o evento pelas Diretas Já para 1 milhão de pessoas.
16 de abril - Acontece o último grande comício das Direitas Já no Vale do Anhagabaú, em São Paulo. O evento reuniu 1,5 milhão de pessoas que caminharam com ponto de partida na Praça da Sé.
25 de abril - A emenda Dante de Oliveira é rejeitada pela Câmara Federal. Para a sua aprovação, seria preciso o voto de 320 deputados. Mas na prática, 298 votaram a favor, 65 contra, 3 abstenções e 116 ausências no plenário.
12 de agosto - O PMDB realiza convenção e escolhe o governador Tancredo Neves e o senador José Sarney (PFL) para concorrer como presidente e vice-presidente nas eleições indiretas de 1985.

1985

15 de janeiro - Tancredo Neves (PMDB) é eleito como o primeiro presidente civil do Brasil. A eleição foi indireta com 489 a favor e 180 contra. Tancredo teve como concorrente Paulo Maluf (PSD) que tinha o apoio de João Figueiredo.
14 de março - O presidente eleito Tancredo Neves (PMDB) é internado no Pronto-Socorro do Hospital de Base em Brasília.
15 de março - O vice-presidente José Sarney (PFL) toma posse na Presidência da República.
21 de abril - Morre o presidente eleito Tancredo Neves (PMDB) no Instituto do Coração em São Paulo. No laudo oficial, Tancredo foi vítima de uma diverticulite.
8 de maio - O Congresso Nacional aprova a Emenda Constitucional que estabelece as eleições diretas para presidente da República.

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