COLUNA
PE líder em geração de empregos formais
O Caged indicou que o Brasil criou 232,5 mil empregos com carteira assinada em agosto de 2024
Publicado em: 30/09/2024 12:13
Dados sobre empregos formais e taxa de desemprego mantiveram trajetória positiva em agosto. O Caged indicou que o Brasil criou 232,5 mil empregos com carteira assinada em agosto de 2024 e a taxa de desemprego do Brasil caiu para 6,6% no trimestre encerrado em agosto, menor patamar para o mês de agosto desde o início da série histórica, em 2012.
O resultado do Caged representa uma alta de 5,8% na comparação com o mesmo mês de 2023, quando foram criados 219,7 mil empregos. No acumulado do ano de 2024, o saldo do Caged é positivo em 1,73 milhão de vagas, crescimento de 24% em relação ao mesmo período de 2023. A Administração Pública destacou-se como o setor que mais contratou, com 38.998 vagas em agosto.
Por setores da economia, a área de serviços contou com o maior saldo de empregos formais em agosto, com 118.360 registros. Na sequência, estão a indústria (51.634), o comércio (47.761), a construção (13.372), e a agropecuária (1.401).
No acumulado do ano, todos os 5 setores trazem saldo positivo, com serviços liderando.
Segundo o ministério, todas as unidades federativas registraram saldo positivo na criação de empregos. Pernambuco foi líder no Nordeste em geração líquida de empregos formais em agosto, segundo o CAGED, com 18.112 postos, seguido da Bahia (16.149) e Ceará (9.294), e 3º no país, atrás somente de São Paulo (60.770) e Rio de Janeiro (18.600). Em termos relativos, a Paraíba teve o maior crescimento do país, com 1,81%, seguido por Amapá (1,46%), Rio Grande do Norte (1,39%) e Pernambuco (1,22%).
Em relação à Taxa de Desemprego, esse é o menor nível de desocupação para o período desde janeiro de 2014, quando foi de 6,5%. A taxa caiu 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em julho, quando era de 6,8%. Em comparação com o mesmo período do ano passado, recuou 1,2 ponto percentual, quando era de 7,8% no trimestre encerrado em agosto de 2023.
A população ocupada no país era de 102,5 milhões no trimestre encerrado em agosto. O resultado alcançou um novo recorde da série histórica. Em 1 ano, subiu 2,9% (2,9 milhões de pessoas). O nível de ocupação foi de 58,1%, crescendo 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e 1,2 ponto percentual em 12 meses.
A contínua melhora do nível de emprego na economia brasileira tem dois fatores importantes envolvidos em sua explicação: o aumento das contratações formais no funcionalismo público e o setor de serviços, que continua empregando formalmente e, principalmente, informalmente. O Bolsa
Família também tem exercido um papel importante na taxa de desemprego, pois mais famílias optam pela informalidade para receber o auxílio e complementar a renda. O mercado de trabalho aquecido traz mais justificativas para o aumento dos juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central.