Frank Sinatra "A Voz" para sempre!

Chico Carlos
Jornalista

Publicado em: 31/05/2019 03:00 Atualizado em: 31/05/2019 08:59

Francis Albert Sinatra (Nova Jersey, 12 de dezembro de 1915 – Califórnia, 14 de maio de 1998), mais conhecido pelo seu nome artístico Frank Sinatra, foi cantor, ator e produtor nos Estados Unidos. Um dos artistas mais populares e influentes do século 20 além de ser recordistas de vendas com mais de 150 milhões de cópias mundialmente.

Na época do rádio de válvulas, dos pequenos concertos em bares, cassinos e teatros, ter uma voz bonita, sonora, fazia diferença. E ele soube usar o poder de sua voz, através dos microfones, com músicas românticas, cruas e, às vezes, tristes. Ganhou popularidade, fama e sucesso; encantou as multidões nos Estados Unidos, no resto da América e na Europa.

A carreira de Sinatra foi marcada por polêmicas, confusões e brigas. Em 1960 um guarda o acusou de agressão. “Sinatra, que cantava então em uma grande festa  a favor de uma obra de caridade teve uma discussão violenta com o ator John Wayne e saiu de mau humor”, relatou a AFP. Quatro anos depois, os fotógrafos franceses publicaram um comunicado por sua visita à França: “Paris não é Chicago e não queremos que Sinatra faça seu papel de ‘durão’ ou de ‘gângster sedutor’ tomando os jornalistas como alvo”. Assim era Sinatra: odiado e amado.

Conquistador e sedutor casou com Nancy Barbato, a mãe dos três filhos dele, depois com Ava Gardner, Mia Farrow e Barbara Marx. A lista de namoradas e afins inclui as estrelas como Judy Garland, Natalie Wood, Marilyn Monroe, Juliet Prowse, Gloria Vanderbilt, Lana Turner, Lauren Bacall e Kim Novak. O homem era um “devorador de corações”, porém, fraco para amar.

As más línguas garantem que Sinatra bebia uma garrafa de uísque Jack Daniel’s por dia. Verdade. Para homenagear essa ligação, a empresa criou uma edição especial do produto batizada como Jack Daniel’s Sinatra Select, lançada em fevereiro de 2014. Em 2015, quando o artista também conhecido como “A Voz e Olhos Azuis” completaria 100 anos, a companhia lançou o rótulo especial Sinatra Century. Pavio curto, do tipo “bateu-levou”, era amigo dos grandes nomes do jazz e de Hollywood, de presidentes e tinha lá suas ligações com o poder paralelo. Sempre negou ter relações com a máfia, inclusive diante dos juízes.  Há controvérsias que ficaram encobertas pelos holofotes do prestígio politico.

Seus primeiros passos como cantor musical na era do swing em companhia dos músicos Harry James e Tommy Dorsey. Sinatra gravou seu primeiro disco em 13 de julho de 1939, e em 1942 se tornou uma estrela.  Em sua vida de cantor gravou mais de 100 discos com dezenas de sucessos: Strangers in the night, I’ve got you under my skin, My way, Let me try again, Theme from New York New York, entre outras. Mas apesar de sua fama, sua carreira teve altos e baixos, durante os quais direcionou sua atividade para a  indústria cinematográfica, o que lhe rendeu um Oscar em 1953 por A Um Passo da Eternidade. Sinatra encontrou a fama como artista solo, depois que assinou contrato com a gravadora Columbia em 1943, tornando-se o ídolo dos bobby soxers (geralmente garotas adolescentes em colégios e faculdades, que tinham o nome das meias de bobby que usavam).

Foi um dos primeiros cantores a virar ídolo dos cinemas. Era um ator despojado. Basta ver as cenas em que ele aparecia contracenando com Grace Kelly, Rita Hayworth, entre outras. Suas letras falavam de amor de forma direta, sem metáforas. Quase uma década antes dos Beatles cantarem que queriam pegar na mão das garotas, ele já ensinava a “amá-las, beijá-las e enchê-las de amor”. Assim era Sinatra. Inigualável.

Ele se aposentou pela primeira vez em 1971, porém, saiu da aposentadoria dois anos depois, gravando vários materiais e voltando a apresentar-se no Caesars Palace, alcançando sucesso com a canção New York, New York (1980). Utilizando seus shows em Las Vegas como base, realizou suas turnês pelos Estados Unidos e internacionalmente. Em 14 de maio de 1998, Frank Sinatra morreu em Los Angeles, aos 82 anos. Em Nova York, o Empire State Building se iluminou de azul para recordar o cantor “Ol’Blue Eyes”. Ficou para sempre na história da música.

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