Liderança e inteligência emocional
Roberto Magalhães
Foi deputado federal por quatro mandatos e presidiu a Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania
Publicado em: 24/04/2019 03:00 Atualizado em: 24/04/2019 08:53
Acabo de ler um livro intitulado Liderança: A Inteligência Emocional na Formação do Líder de Sucesso, escrito por Daniel Goleman. Nele o autor afirma que, em certas circunstâncias, a inteligência emocional (QE) pode ser mais importante do que o QI (quociente de inteligência), sendo os seus componentes autoconsciência, autogestão, empatia e habilidades sociais.
O meu interesse nesta matéria tem a ver com a atual conjuntura do país e os obstáculos do atual governo, na aprovação, pela Câmara dos Deputados, das reformas que são necessárias para as mudanças nas áreas econômica, financeira e estrutural do país.
A não aprovação ou desfiguração da proposta ora em exame frustrará a economia de um trilhão de reais, em dez anos, sem a qual toda a receita da União será absorvida pelo pagamento de aposentadorias. Viveremos nesta hipótese um impasse.
Isto já ocorreu com a Grécia e vários países. Na Espanha os imóveis tiveram desvalorização de 70% e houve redução de salários e aposentadorias, dentre outras medidas amargas para salvar as finanças do Estado e a estabilidade do país.
Em nosso caso, há alguns aspectos que preocupam. O primeiro deles é que o PT e partidos que lhe são aliados guardam ressentimentos pela condenação do ex-presidente Lula e sua prisão por ordem do Judiciário. Vale dizer, após a despedida de vinte anos de poder, e ainda sonha com a continuidade. Um outro aspecto, é o de parlamentares que não foram nem são do PT, mas desfrutaram de governos que faziam nomeações com finalidade de obter maioria de votos no Legislativo, e assim os seus partidos negociavam nomeações para ministérios de porteira fechada e cargos em autarquias e empresas estatais.
Acontece que o atual presidente Bolsonaro assumiu o compromisso solene, como candidato, de não dar continuidade àquela política, de governos passados, que o povo com ironia denomina de toma lá dá cá.
O presidente age corretamente. Mas parlamentares insatisfeitos, embora de partidos conservadores e liberais, têm se aliado com a oposição para dificultar as reformas que o povo chancelou nas urnas, conforme tem ocorrido na Comissão de Constituição de Justiça e Cidadania.
Todavia, na política há quase sempre alternativas, e o governo deve estar preparado para enfrentar o problema. Exemplo disto é que o ministro da Economia, Paulo Guedes, teve encontro com o presidente do Senado e vários senadores, quando foi admitido como possível que o Senado, valendo-se de projetos já existentes naquela Casa, possa com os subsídios que o ministro venha a oferecer, apreciar a reforma do Pacto Federativo.
Isto me pareceu uma luz no fim do túnel. Se a Câmara retarda a reforma, por que não buscar apoio no Senado, afinal de contas os senadores são mais vividos e experientes, não foi por acaso que as nossas constituições têm exigido para a candidatura ao Senado, a idade mínima de 35 anos.
Um novo desenho da Federação poderá redistribuir rendas e atribuições dos estados e municípios, e atenuar a concentração de poderes e rendas em poder da União.
O ministro Paulo Guedes, da pasta da economia, tem enfrentado debates no Congresso, e agora abre esse caminho promissor. Ele está entre os melhores do ministério e seus méritos são indiscutíveis. Transita nos corredores da Câmara e do Senado, buscando viabilizar as propostas do governo.
Certamente ele tem um QI (quociente de inteligência) bastante alto, e o seu QE (Quociente de Emoção) está se revelando talvez tão elevado quanto a sua inteligência.
O meu interesse nesta matéria tem a ver com a atual conjuntura do país e os obstáculos do atual governo, na aprovação, pela Câmara dos Deputados, das reformas que são necessárias para as mudanças nas áreas econômica, financeira e estrutural do país.
A não aprovação ou desfiguração da proposta ora em exame frustrará a economia de um trilhão de reais, em dez anos, sem a qual toda a receita da União será absorvida pelo pagamento de aposentadorias. Viveremos nesta hipótese um impasse.
Isto já ocorreu com a Grécia e vários países. Na Espanha os imóveis tiveram desvalorização de 70% e houve redução de salários e aposentadorias, dentre outras medidas amargas para salvar as finanças do Estado e a estabilidade do país.
Em nosso caso, há alguns aspectos que preocupam. O primeiro deles é que o PT e partidos que lhe são aliados guardam ressentimentos pela condenação do ex-presidente Lula e sua prisão por ordem do Judiciário. Vale dizer, após a despedida de vinte anos de poder, e ainda sonha com a continuidade. Um outro aspecto, é o de parlamentares que não foram nem são do PT, mas desfrutaram de governos que faziam nomeações com finalidade de obter maioria de votos no Legislativo, e assim os seus partidos negociavam nomeações para ministérios de porteira fechada e cargos em autarquias e empresas estatais.
Acontece que o atual presidente Bolsonaro assumiu o compromisso solene, como candidato, de não dar continuidade àquela política, de governos passados, que o povo com ironia denomina de toma lá dá cá.
O presidente age corretamente. Mas parlamentares insatisfeitos, embora de partidos conservadores e liberais, têm se aliado com a oposição para dificultar as reformas que o povo chancelou nas urnas, conforme tem ocorrido na Comissão de Constituição de Justiça e Cidadania.
Todavia, na política há quase sempre alternativas, e o governo deve estar preparado para enfrentar o problema. Exemplo disto é que o ministro da Economia, Paulo Guedes, teve encontro com o presidente do Senado e vários senadores, quando foi admitido como possível que o Senado, valendo-se de projetos já existentes naquela Casa, possa com os subsídios que o ministro venha a oferecer, apreciar a reforma do Pacto Federativo.
Isto me pareceu uma luz no fim do túnel. Se a Câmara retarda a reforma, por que não buscar apoio no Senado, afinal de contas os senadores são mais vividos e experientes, não foi por acaso que as nossas constituições têm exigido para a candidatura ao Senado, a idade mínima de 35 anos.
Um novo desenho da Federação poderá redistribuir rendas e atribuições dos estados e municípios, e atenuar a concentração de poderes e rendas em poder da União.
O ministro Paulo Guedes, da pasta da economia, tem enfrentado debates no Congresso, e agora abre esse caminho promissor. Ele está entre os melhores do ministério e seus méritos são indiscutíveis. Transita nos corredores da Câmara e do Senado, buscando viabilizar as propostas do governo.
Certamente ele tem um QI (quociente de inteligência) bastante alto, e o seu QE (Quociente de Emoção) está se revelando talvez tão elevado quanto a sua inteligência.