Editorial Mãos à obra, Congresso

Publicado em: 02/02/2019 03:00 Atualizado em: 04/02/2019 08:42

Enfim, o tão propalado novo Congresso, com sua renovação recorde, tomou posse ontem com uma missão importantíssima: aprovar as medidas que o país precisa para retomar o crescimento. Passou da hora de deputados e senadores deixarem divergências de lado e se unirem em prol de um Brasil melhor. Desde 2014, o que se vê é um país em frangalhos, com recessão, desemprego, aumento da pobreza, violência desenfreada. Os brasileiros estão fartos desse quadro desolador.

Debates são bem-vindos, mas é imperativo que reformas como a da Previdência Social e a tributária finalmente saiam do campo das promessas para se tornarem realidade. Também é fundamental que o Legislativo dê a sua cota para garantir a segurança dos cidadãos de bem ao aprovar o pacote de medidas que será apresentado pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro. O Congresso precisa atender às demandas do povo, que está descrente da política.

O Parlamento é o palco principal para que se discuta o futuro do Brasil. Quando se fala da urgência em aprovar medidas importantes para a retomada do crescimento econômico e para o aumento da segurança, não se está dizendo que deputados e senadores têm de aceitar tudo o que vem do Executivo. Sempre há espaço para melhorar as propostas. E isso é vital. O que não pode é atrapalhar o andamento de projetos de interesse da maioria da população por causa de divergências política. Infelizmente, é isso o que estamos assistindo há anos.

A renovação do Congresso é um alento e pode, finalmente, indicar se, desta vez, os interesses do país prevalecerão. As próximas semanas mostrarão se o otimismo que se instalou nos mercados financeiros e entre os empresários desde a posse do presidente Jair Bolsonaro é justificável. Há uma aposta crescente de que o compromisso com a melhoria de vida da população é para valer, mesmo que, num primeiro momento, todos tenham que dar a sua cota de sacrifício, como abrir mão de privilégios em detrimento da maioria.

As primeiras cenas após a posse dos parlamentares não foram as que todos gostariam de ter visto, especialmente as registradas no Senado. A confusão criada em torno da escolha do presidente da Casa foi deprimente e acendeu o sinal de alerta. Tomara tenha sido um fato isolado, pois o Senado precisa estar pacificado para exercer seu importante papel moderador. Mais da metade daqueles que exerceram mandatos nos últimos oito anos foram para casa, por decisão dos eleitores. Os que chegaram, portanto, devem dar o exemplo e corresponder às expectativas.

Enfim, a posse do novo Congresso indica que a democracia está funcionando perfeitamente. E isso é uma grande notícia, principalmente em tempos tão estranhos, de grande polarização e de intolerância. Empossados, como manda a lei, deputados e senadores devem, rapidamente, dar início aos trabalhos. Mãos à obra, é o que Brasil exige.

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