O adolescente do sexo masculino no Brasil está desamparado na sua avaliação médica. É uma condição social, de criação familiar, e de construção da ideia do cuidado com sua própria saúde. Mas precisamos mudar esse panorama. Números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o país tem mais de 8 milhões de adolescentes entre 15 e 19 anos. Quantos deles visitam o médico regularmente para avaliar sua saúde como as meninas, que desde cedo procuram seus ginecologistas?

Na seara médica, é importante que o jovem conheça seu corpo, suas transformações e assuntos como Infecções Sexualmente Transmissíveis, drogas, prevenção à gravidez, atividade física, hormônios, ejaculação precoce, entre outros. Muitos associam a ida ao urologista apenas para indivíduos acima dos 50 devido aos cuidados com a próstata. Mas é o médico urologista habilitado para o cuidado de problemas desde o nascimento, como testículos ausentes, alterações anatômicas, doenças típicas do período adolescente como a varicocele,  assuntos de fertilidade masculina, cálculos renais e tumores.

Nesse sentido, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) procura conscientizar a população brasileira sobre esse cuidado. Adolescentes e adultos no geral precisam ir ao médico para prevenção, para avaliar periodicamente sua saúde e assim, mantê-la sempre no melhor estado possível. É certo dizer que homens, em sua maioria, procuram serviço médico unicamente na vigência de doenças e muitas vezes em serviços de emergência.

A campanha #VemProUro, de orientação em saúde do adolescente masculino, promovida pela SBU em todo o país aponta para uma mudança dessa situação. Já é hora da sociedade mudar seu comportamento para com a saúde do jovem. Um esforço que vai demandar tempo para criar no adolescente masculino uma maior preocupação com seu bem estar, construindo nele a ideia de que ir ao consultório de um médico urologista trará uma mudança positiva na sua vida adulta, com mais ganhos para sua saúde, sem a necessidade de preconceitos ou tabus.