Dívidas
Náutico e Santa Cruz possuem um passivo gigantesco na Justiça do Trabalho
Por: Emanuel Leite Jr - Diario de Pernambuco
Publicado em: 21/12/2014 09:06 Atualizado em: 21/12/2014 10:12
Fruto de más gestões e políticas de contratações perdulárias, as dívidas trabalhistas dos clubes são uma consequência nefasta para a saúde financeira dos clubes. Os três grandes do Recife sofreram e ainda sofrem com ações na Justiça do Trabalho que comprometem parte significativa de seus orçamentos. O Sport, entretanto, caminha para ser exceção. O rubro-negro tem uma dívida de R$ 5,8 milhões, que deve ser sanada em breve. Ao passo que Náutico e Santa Cruz têm que gerir um pesado passivo: R$ 23,4 milhões dos alvirrubros, R$ 46,5 milhões dos tricolores. Essas são as dívidas junto à 12ª Vara da Justiça do Trabalho.
Desde julho de 2003, a 12ª Vara do Trabalho do Recife se tornou o responsável pela concentração das execuções dos processos contra os três clubes da capital. Ou seja: as ações correm normalmente em todas as varas trabalhistas e quando não há mais o que ser discutido, vão para a 12ª, a fim de se fazer o acordo para o pagamento. Para isso, 20% das rendas de cada clube são depositadas em uma conta, administrada pela vara, que tem o juiz Hugo Melo como responsável.
Desde então, dentre conciliações, quitações e acordos pagos, quase 800 ações foram solucionadas por Náutico, Santa Cruz e Sport. “Dr. Hugo Melo é uma pessoa que contribui muito com o futebol de Pernambuco, pois permite, através da concentração na 12ª vara, o pagamento de receitas mensais que são depositadas em conta específica. Assim, protege-se o patrimônio dos clubes, principalmente de Náutico e Santa Cruz”, faz questão de enaltecer Gustavo Ventura, jurista e vice-presidente de futebol alvirrubro.
Não é por acaso que Ventura elogia a atitude do magistrado. Mesmo tendo solucionado mais de 300 processos, o Náutico ainda tem outros 118 na 12ª Vara, que somam um débito de R$ 23.470.086,84. “Esse quadro do nosso passivo trabalhista é antigo, vem de décadas. Todos os gestores, ao longo de suas administrações, vêm pagando. E não é diferente conosco. Só neste ano pagamos em torno de R$ 3 milhões”, esclarece Ventura.
Santa Cruz
Com uma dívida que corresponde a praticamente o dobro da alvirrubra (R$ 46.547.786,03), o Santa tem cumprido com os acordos firmados. Além disso, de acordo com Eduardo Lopes, advogado do tricolor, desde o primeiro dia da gestão de Antônio Luiz Neto o clube tem procurado estancar as dívidas. “Antes dele, quando alguém era desligado do clube se mandava procurar o direitos na Justiça. Nós tentamos fazer acordos, evitando novas ações”, explicou.
Prudente, Eduardo Lopes evita falar em período para que a dívida coral seja sanada. “O pagamento é de 20% sobre a receita do clube. Quanto mais o clube arrecadar, mais esse montante aumenta, ou seja, mais dinheiro vai para a 12ª vara. Hoje, em média, recolhemos R$ 250 por mês”, informa. “Por isso, não posso dar um prazo para extinguirmos esse passivo trabalhista. Vai depender da nossa arrecadação”, conclui.
Saiba mais...
Sport tem dívida quase zerada
Desde então, dentre conciliações, quitações e acordos pagos, quase 800 ações foram solucionadas por Náutico, Santa Cruz e Sport. “Dr. Hugo Melo é uma pessoa que contribui muito com o futebol de Pernambuco, pois permite, através da concentração na 12ª vara, o pagamento de receitas mensais que são depositadas em conta específica. Assim, protege-se o patrimônio dos clubes, principalmente de Náutico e Santa Cruz”, faz questão de enaltecer Gustavo Ventura, jurista e vice-presidente de futebol alvirrubro.
Não é por acaso que Ventura elogia a atitude do magistrado. Mesmo tendo solucionado mais de 300 processos, o Náutico ainda tem outros 118 na 12ª Vara, que somam um débito de R$ 23.470.086,84. “Esse quadro do nosso passivo trabalhista é antigo, vem de décadas. Todos os gestores, ao longo de suas administrações, vêm pagando. E não é diferente conosco. Só neste ano pagamos em torno de R$ 3 milhões”, esclarece Ventura.
Santa Cruz
Com uma dívida que corresponde a praticamente o dobro da alvirrubra (R$ 46.547.786,03), o Santa tem cumprido com os acordos firmados. Além disso, de acordo com Eduardo Lopes, advogado do tricolor, desde o primeiro dia da gestão de Antônio Luiz Neto o clube tem procurado estancar as dívidas. “Antes dele, quando alguém era desligado do clube se mandava procurar o direitos na Justiça. Nós tentamos fazer acordos, evitando novas ações”, explicou.
Prudente, Eduardo Lopes evita falar em período para que a dívida coral seja sanada. “O pagamento é de 20% sobre a receita do clube. Quanto mais o clube arrecadar, mais esse montante aumenta, ou seja, mais dinheiro vai para a 12ª vara. Hoje, em média, recolhemos R$ 250 por mês”, informa. “Por isso, não posso dar um prazo para extinguirmos esse passivo trabalhista. Vai depender da nossa arrecadação”, conclui.