Precisamos cultivar nossos jardins

José Adalberto Ribeiro
Jornalista

Publicado em: 31/01/2019 03:00 Atualizado em: 31/01/2019 08:50

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Era uma vez uma seita vermelha! Eleger o Capitão Marvel presidente da República e o general Mourão vice-presidente, montar um ministério com o respaldo constitucional das Forças Armadas e exterminar o ovo das serpentes comunistas, isto não é pouca coisa.

O Brazil pulou uma fogueira do tamanho do mar vermelho e do oceano não pacífico. O novo Governo do Brazil, mais que o Capitão Marvel com seus pecados ou virtudes, o conjunto da obra, constitui um avanço extraordinário.

No ritmo da campanha eleitoral o Brazil navegou no fio da navalha com risco de derivar para um compasso à moda da Venezuela. “Oh esta terra ainda vai cumprir seu ideal, ainda vai tornar-se uma imensa Cuba, uma imensa Bolívia, uma big Venezuela”, recitavam o guru e seus devotos os zumbis, sanguessugas, vampiros e caboclos mamadores pendurados nas glândulas mamárias de Brasília et Orbi.

As elites de meias tigelas do Brazil são portadoras de hímen complacente e se prostravam diante do umbigo para se locupletar do poder. O hímen das elites depende do Money de vaselina das minas de ouro do BNDES. E toca a guitarra da Casa de Misericórdia da Moeda.  

Os ovários das serpentes vermelhas ainda infestam os jardins das aflições culturais, acadêmicas e midiáticas deste Brazil.

O ministro da Educação, Ricardo Velez, cumpre a missão heroica de sanear as infestações gramscianas e submarxistas nos currais da seita vermelha. Assim se passaram 16 anos de polinização das sementes pecaminosas. Exemplos, a saber:  

Patrulhas ideológicas impediram, em outubro do ano passado exibição do filme Jardim das Aflições, do diretor Josias Teófilo, sobre a obra do escritor Olavo de Carvalho, no Centro de Ciências Desumanas da UFPE. Foi uma manifestação de estupidez e ignorância.

Por decisão de um bicho de granja comunista, o documentário foi proibido de constar na programação do Cinema São Luiz, do Governo do Estado. Um bicho de granja comunista do B chamou o professor Olavo Roble até de arroz doce.    

Está em tempo de ser promovida a exibição do filme nos jardins  culturais da UFPE ou da Fundaj, se necessário com aparato para garantir a liberdade de expressão. Vejamos se a mundiça vermelha vai encarar.

À moda de Voltaire, precisamos cultivar os nossos jardins. Mas, que não sejam jardins vermelhos de aflições, parodiando o ditado do pensador Olavo de Carvalho. Chamado de guru do novo governo, o professor Olavo Roble encara a mundiça vermelha e lança luzes em nossos jardins auriverdes.

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