Mais um ano que se foi

Malude Maciel
Integrante da ACACCIL

Publicado em: 14/01/2019 03:00 Atualizado em: 14/01/2019 08:39

Quando saímos de casa ainda era dois mil e dezoito e procuramos o Marco Zero a fim de vermos a passagem de ano alegremente entre amigos e conhecidos naquele mesmo local que em outros tempos era bem diferente.  Algumas características como a queima de fogos, ainda se mantém, no entanto, jamais se pode refazer os atrativos na época porque também “Nós” não somos os mesmos.

Estando com visita caruaruense morando no Recife era preciso rever aquela festa que há muito se guarda na lembrança. Era momento de reencontros.

O palco armado ao lado da Igreja da Conceição mantinha a tradição, mas o pastoril não existe mais. O carrossel, a roda gigante, as canoas e o laça garrafas também desapareceram do cenário. O famoso passeio “Quem me quer” deu adeus às moças participantes e aos rapazes conquistadores que atualmente são simplesmente idosos saudosos. Não encontramos as Bandas de Músicas (Comercial e Nova Euterpe) executando harmoniosas partituras e mostrando talento nos duetos sonoros; nem houve o apagar das luzes à meia noite em ponto, pois Sr. Teixeira já se foi. Embora com aspecto diferente, as mesinhas com cadeiras ao redor estavam lá, arrumadas e novas famílias se encontravam pra saudar o novo ano com emoção, “porque o ideal que tanto nos acalentou renascerá em outros corações”.

Entre comes e bebes, reconhecíamos algumas pessoas de outrora, porém eram raras. A maioria era gente jovem e estranha ao nosso relacionamento. O show estava animado (o cantor Adilson Ramos deu seu recado à altura, mas Ângela Maria e outros expoentes já estiveram nesse evento) e, ainda bem que o astro e o repertório retratavam nossa bela juventude. Cantamos em coro, demos as mãos, saudamos uns aos outros e recordamos alegremente um tempo feliz que não volta jamais. Nossos subconscientes registram o que bem querem ao seu bel prazer.

Dois mil e dezenove chegou tranquilamente e oramos baixinho pedindo a Deus um ano bom pra todos nós. Pensamos também na posse do novo governo que veio mais tarde desse mesmo dia e almejamos sucesso nas mudanças e melhoras para os brasileiros em geral. Entoamos uma canção: “Hoje, quero Paz no meu coração e quem quiser ser meu amigo que me dê a mão...”

Como novidade da tecnologia moderna, um “drone” sobrevoava sobre nossas cabeças, filmando o acontecimento, fotografando e dando o ar da sua graça com aquele seu barulhinho característico.

É mais um ano que começa, as esperanças estão no ar. Todo mundo torce pela felicidade constante entre os povos.

E a vida continua...

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