Diabetes já atinge 8,5% da população mundial

Ruy Lyra
Endocrinologista
opiniao.pe@diariodepernambuco.com.br

Publicado em: 16/11/2018 09:00 Atualizado em: 16/11/2018 13:53

Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, entre 2006 e 2016, o número de brasileiros com diabetes aumentou 61,8%. A tendência de crescimento é observada em todo o mundo, influenciada por fatores como o envelhecimento da população, mudanças dos hábitos alimentares e ainda a pouca prática de atividade física. Trata-se de uma “doença silenciosa”, assintomática. Quando acontece sintoma é porque já está instalada no organismo, então, pode-se sentir sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo, em qualquer idade.

O diabetes define-se como uma doença crônica na qual a produção de insulina pelo pâncreas não é suficiente, ou ainda, quando o corpo não a consegue usar de forma adequada.  Estima-se que, em 2014, cerca de 422 milhões de adultos no mundo apresentavam a doença (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2016), ou seja, cerca de 8,5% da população mundial. Já no Brasil, ela acomete 6,9% da população, representando mais de 13 milhões de pessoas, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes.

A glicose é a principal fonte de energia dos seres vivos. Mas, para que a glicose vire energia, ela precisa entrar nas células e é ai que a insulina mostra o seu valor. A insulina, nada mais é que um hormônio proteico capaz de regular a quantidade de açúcar (glicose) no sangue. É produzida em células especiais chamadas células beta, localizadas no pâncreas.

Atualmente, vêm sendo estudadas possíveis modificações na dinâmica do pâncreas do diabético, tornando possível melhorar a performance de produção de insulina. Diabetes é uma questão séria de saúde pública. Com avanços da ciência e uso de tecnologias envolvendo também a biotecnologia, muitas contribuições positivas estão surgindo como formas de tratamento dos pacientes.


Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.