Em Porto Seguro

Gilberto Marques, advogado criminalista

Publicado em: 13/10/2018 03:00 Atualizado em: 14/10/2018 14:55

É claro que não me refiro aos 518 anos da chegada de Pedro e Pero. Atualizo minha linguagem e trago para os tempos atuais. Além dos portos a segurança se aplica em vertentes cruéis, mas, necessárias. As seguradoras são presentes. Da saúde a moto conhecida como cinquentinha – sem seguro.

Pois bem. Na linguagem do seguro PT é perda total. O Doutor Lula, jamais imaginou que o efeito Dilma aportasse no triste fim. Luciana Santos, agora vice, no melhor pernambuquês, sem temer mal nenhum, perguntou a Paulo: visse? E ele: o quê?  O cavalo de pau do PDT.

Ocorre que minha amiga engenheira parou no solavanco do automóvel. Esqueceu que no carrossel os cavalos são de pau e rodam cantando e encantando até cair à ficha. Nem se lembrou da Grécia e o presente de grego que faz história até hoje. Minha amiga comunista acertou no que não viu. Na manobra do fusquinha invertia-se a posição. Mas, no Cavalo de Tróia, a guerra teve uma inversão. No segundo turno os gregos ganharam Helena e a guerra. Aquiles tal qual Elvis – não morreu! Aquiles e aquilo o Cavalo de Pau mudaram o rumo da história. O mundo, porém, evoluiu a custas de seguidas tragédias. Há poucos dias um furacão assustou o reino do pato Donald, mas, ninguém tremeu no Jaburu. A alvorada da segunda-feira assanhou as tripas e as grades. Manuela, todavia, festejou a queda de braço, se juntou ao Fernando e foi tomar café com Lula. O suco de laranja tiniu nas taças da segunda. Enquanto isso a Constituição Federal fazia tinir nas voltas do voto útil. No Ceará, no lusco fusco domingueiro, Ciro comemorou faceiro: vou to
mar uma no bar da esquina! Mandando um recado para a outra menina cantou, dentro do bar: eu acho que a culpa foi... desse pobre que nem sabe fazer oração. Kátia abriu o coração e sugeriu: Vai passear. Ciro deu o primeiro cavalo de pau e foi visitar a história. O globo terrestre azeitou o tatame e convocou em ordem alfabética Bolsonaro e o “Haddad”.  A versão em 3D. Ney Matogrosso completou o arranjo: nunca vi rastro de cobra nem couro de lobisomem.

O Jair pressionou o cólon com a direita e cantou: capoeira chorou, capoeira chorou de dor. O primeiro luto lembrou Tim Maia: faz de conta que ainda é cedo, tudo vai ficar por conta da emoção, faz de conta que ainda é cedo, ninguém vai calar a voz do coração.

Lulinha paz e amor foi assim que você subiu a Rampa. Quem acreditou na esperança, sem medo de ser feliz e vê você na pena de um juiz, tem o direito de hoje dizer. No momento de apreensão, em que uma faca, sem sangue, salta  do ventre de alguém. Uma faca ensanguentada no lugar da chegada de Cabral – a Bahia. Ouso sugerir a confecção do alvará de soltura, que só você pode assinar, em nome do Artigo 77 parágrafo 4º da Constituição. Faça com Ciro Gomes o que você não fez com Mário Covas, já na vigência da Constituição Cidadã. Não repita Pedro I: “diga ao povo que fico”. Peça a seu Fernando: deixe o Nordeste falar de sua dor e dê a Ciro Gomes a oportunidade de repetir o texto, a fala, o grito de Ulysses Guimarães há 30 anos: “sou caçador de nuvens, já fui caçado (pela seca) e por tempestades, sou caçador de nuvens.” Lula, Ciro foi seu ministro e o Ministério agora reclama. Obrigado Fernando, diga ao povo que é Ciro. Ciro volte já, o povo brasileiro precisa de você: o Porto Seguro.

“O documento da liberdade, da dignidade, da democracia, da justiça social do Brasil. Que Deus nos ajude. Que isto se cumpra”  – Ulisses Guimarães

Ninguém vai calar a voz do coração!  Tim Maia

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