Dos devaneios aos caprichos da imaginação

Marly Mota
Membro da Academia Pernambucana de Letras
opiniao.pe@DIARIODEPERNAMBUCO.com.br

Publicado em: 08/10/2018 03:00 Atualizado em: 08/10/2018 08:53

Na sala há leveza e harmonia entre estantes com livros e quadros nas paredes, com cenas campestres, ruas de casas paredes-meia, tipos humanos, Igreja, jardins, Uma alegoria que nos leva aos autodidatas que pintam com o coração. Pintura ingênua como foi a de Henri Julián Felix Rousseau. Pintor autodidata nascido em 1844 em Laval França. Todo esse arsenal literário e pictórico deixa-nos sonhando mais que vivendo. Diz Dostoievski : “ Quem acumula muitas recordações felizes em sua infância está salvo para sempre. Esse foi o caminho do pintor meu amigo Crizaldo Morais, um autodidata que brilhou em São Paulo, em 1970, ao lado de Iracema Ardite, com suas borboletas e passarinhos. Djanira Motta e Silva de Avaré ao bairro de Santa Tereza, Rio de Janeiro, Jorge Amado Colecionador da sua pintura escreveu: “Sendo um dos maiores pintores da nossa terra, ela é mais que isso, é a própria terra.” De Djanira, tenho um quadro de 1970. Quando da minha 1ª exposição no Pen Cube do Rio de Janeiro, ela esteve presente, e no Recife, quando da inauguração do Museu de Arte Contemporânea de Olinda, fundado em 1966, em tarde de grade festa, por Assis Chateaubriand, presidente dos Diários Associados do Brasil, doador de quadros ao importante Museu de São Paulo, Castro Alves, Bahia, entre outros fora do pais.

Cidadã olindense a bela Teresa Costa Rego, grande pintora, Tempos atrás com o seu guerreiro Arruda Câmara, meu parente, vinham á nossa casa á Rua Amélia em visita de amizade ao Mauro Motta, e a mim. Outra pintora admirável, minha amiga Marianne Peretti, meio a meio pernambucana e francesa, lançada por Niemeyer em Brasília, deixou muito de si no belo painel, com vôos de pombos separando ambientes, na minha sala.

Camilo Castelo Branco com a sua agudeza afirma que há esquecimentos que são lembranças. Aos convites e livros adquiridos e presenteados digo sempre sejam bem-vindos! Ao escritor Virgílio Campos meus agradecimentos, pelos livros recebidos: “Além da Sombra e do disfarce. - Ensaios literários. 1994. ‘” Tobias Barreto,” “ Os Cavaleiros Templários A sua verdadeira História, ” Ilustrações com telas de Eugene Delacroix. Edições Bagaço. Do meu amigo. Roberto Chacon Albuquerque. Recebo o Livro: Albuquerque e Nassau – Origens e Perfis. O autor é filho do escritor Vamireh Chacon, neto da escritora minha amiga acadêmica Dulce Chacon. Ao historiador Francisco Gomes da Silva agradeço o seu trabalho de pesquisa: “Uma história Pernambucana,” onde muitos de nós Cavalcanti e Albuquerque lá estamos. Surpresa e encantada descubro Diogo Soares Albuquerque, de quem nunca ouvira falar, ter sido o meu sexto avo. Ao meu amigo confrade, Dirceu Rabelo, agradeço o soneto: ODE A MÚSICA E A POESIA; em resposta a minha crônica, onde fiz referencia ao genial compositor Bach em concerto Nº3 em D maior. Agradecida, louvo o destino das obras de arte que nos permitem vivê-las através dos sentimentos dos outros e dos nossos próprios sentimentos. Minha bela amiga Raphaela Nicácio, embora tardiamente, por ter passado um período hospitalizada, não compareci ao lançamento do seu Livro: Famosos contadores de histórias do vale de São Francisco. Também pelo mesmo motivo ao confrade escritor Abdias Moura pelo seu livro, “As Quatro estações do amor”. Á Tânia Bacelar, pelos merecidos aplausos recebidos em tarde festiva na Academia Pernambucana de Letras.

Agradeço ao amigo escritor Carlos Nejar, da A B L , o régio presente, Dicionário Carlos Nejar Um Homem do Pampa, com reconhecida dedicatória, em edição primorosa do Grupo Zaffari.

A terra é redonda mas não esconde caminhos. Por eles encontro amigos, nos longes da minha vida.

Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.