A nação é maior

Francisco Dacal
Administrador de empresas

Publicado em: 03/10/2018 03:00 Atualizado em: 03/10/2018 08:40

Os 147.302.357 eleitores brasileiros (dados do TSE – Eleições 2018) certamente estão estupefatos com os despropósitos desta campanha eleitoral.

Nos discursos, debates e entrevistas, de forma predominante, cada candidato ao principal cargo majoritário sempre procurou desconstruir a capacidade e a imagem dos oponentes, e de seus partidos, com acusações e denúncias de diversas naturezas, algumas graves – mas que já eram de domínio público. Ao mesmo tempo, renovaram promessas feitas em eleição anterior, e não foram poucas, por seus antecessores, às vezes do mesmo partido, subestimando a inteligência de todo mundo.

Com o ambiente político nesse nível o radicalismo veio à tona, com ideias igualmente ultrapassadas, de lado a lado, provocando uma preocupante divisão no país pela polarização do pleito.   

Ademais, já não cola o batido argumento de que “somos uma democracia nova”. Ora, vivenciamos a segunda geração pós-ditadura militar, será que vai ser sempre assim, até invocando-a, para justificar o injustificável? É hora de dar um basta, pois só serve para fazer tipos.  

Caro eleitor, é bom lembrar que os últimos governos levaram o Brasil à falência. As contas públicas estão descontroladas, não fecham. Objetivamente, isto aconteceu por políticas equivocados, má gestão pública, investimentos desnecessários e perdulários, e pela corrupção.

É desesperador quando olhamos a situação em que se encontram a educação e a saúde oferecidas à população. E o que dizer do saneamento básico. Do transporte público. Da infraestrutura. Da Previdência Social.  Da cultura. Da habitação. Da distribuição de renda, Da segurança pública (mais de 60.000 mil assassinatos por ano). Além de milhões de desempregados em virtude da recessão econômica.

Há de se considerar que é puro populismo muitas das promessas feitas. Não têm condições de serem viabilizadas. A não ser instalando um caos econômico, o que levaria o país a um caminho talvez sem volta.             

Às portas da eleição, a questão vital é: quem tem condições de fazer um governo sério, confiável e competente para recuperação do estado brasileiro, e que, com o devido respeito às instituições, cultivando uma sociedade democrática e livre, una nosso povo dentro da modernidade na busca por melhores dias, a um futuro promissor?

A nação é maior do que qualquer obsessão ou tentativa de hegemonia de poder. Neste momento, mais do que em outras épocas, faz-se necessário refletir, bastante, para concluir sobre a quem conferir o sagrado voto. Não dá mais pra se enganar.

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