Empreender é bom, mas requer persistência

Antonio Tiné
Sócio na Dupla Comunicação

Publicado em: 19/09/2018 03:00 Atualizado em: 19/09/2018 09:20

De acordo com os dados divulgados, em 2017, pelo relatório executivo Global Entrepreneurship Monitor, realizado no Brasil pelo Sebrae e Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade, um a cada três adultos, entre 18 e 64 anos, é empreendedor ou está envolvido no sonho de abrir um negócio próprio. Mas só esse desejo não basta. Empreender significa também enfrentar problemas, administrar, gerar novos negócios e até identificar oportunidades e torná-las lucrativas. A decisão de empreender não é fácil, principalmente na área de comunicação, mas foi nesse cenário, em 2008, em plena crise provocada pela quebra do banco americano Lehman Brothers, que decidi, junto com uma sócia, abrir a Dupla Comunicação.

Empreender no Brasil é uma dura realidade. As nossas escolas, faculdades, universidades não nos preparam para sermos empreendedores, mas sim para sermos funcionários. Faltam cadeiras de empreendedorismo, em geral, na grade curricular. Nessa jornada que é ser empreendedor, muitas vezes, iniciamos um projeto apenas com a vontade/desejo e nos esquecemos da importância de nos informarmos e nos capacitarmos para conduzir, com sucesso, determinado projeto e/ou ideia de negócio.

O empreendedor tem de fazer leituras do ambiente onde está e direcionar sua atenção para aperfeiçoar as habilidades que já tem e buscar adquirir novos conhecimentos que lhe faltam para prosseguir com o negócio. Na minha visão há alguns pontos básicos para uma empresa crescer e manter-se no mercado: boas ideias, conhecimento da sua área de atuação e um plano estratégico bem definido para onde você quer chegar.

O futuro empresário deve estar estimulado e saber que vai ter que correr riscos em um ambiente que nem sempre é favorável, principalmente, com a burocracia e com os custos envolvidos. Nesse caminho, que em outubro completa dez anos, me deparei com muitos desafios, como não ter sido preparado para gerir um negócio, ter de aprender no dia a dia, cometendo erros e aprendendo com eles. Esses desafios tomam proporções maiores em meio aos processos de disrupção, principalmente, no mercado de comunicação, que passa por transformações constantes.

Em algumas situações percebemos que determinados entraves nos impedem de crescer e avançar mais. Se eu pudesse responder ou definir como manter-se no mercado há uma década eu diria: “persistência e inovação”.  Nem sempre foi nem será fácil, mas é gratificante aprender a reinventar-se a cada dia.  Perceber que seu projeto de negócio deu certo e que, um dia de cada vez, você pode ver e provar os resultados de um sonho. Por isso, meu conselho é não desistir.  Empreender é difícil, mas é muito bom.

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