Cirurgia de catarata: como avançamos!
Ana Catarina Delgado
Oftalmologista
Publicado em: 03/09/2018 03:00 Atualizado em: 03/09/2018 08:47
Não precisamos ir muito longe na história da oftalmologia brasileira e mundial para percebermos o quanto avançamos na cirurgia de catarata.
Em quase 20 anos de atuação como oftalmologista, percebo mudanças em todos os setores relacionados às doenças do olho, do diagnóstico ao tratamento, e especificamente, em relação à cirurgia de catarata. A tecnologia está ao nosso favor.
Um homem do nosso século recebe, em um mês, a mesma quantidade de informação que um homem do século 19 recebia em uma vida inteira. A cada dia surgem inúmeras novidades de técnicas cirúrgicas.
A globalização permitiu uma interação tão imediata e completa entre todos os médicos dos quatro cantos do mundo que podemos nos orgulhar de oferecer ao nosso paciente uma medicina igual à que ele receberia nos países mais desenvolvidos.
Além disto, existe uma mudança na mentalidade da nossa oftalmologia: antes o modelo médico era baseado no tratamento da doença. Agora nosso modelo é orientado ao paciente: tratamento para a qualidade de vida! Personalizado, para responder às expectativas, desejos e necessidades dos nossos pacientes.
Em relação à cirurgia de catarata, o paradigma anterior era oferecer uma visão melhor da que ele tinha com a catarata. Atualmente nossa maior satisfação é oferecer ao paciente uma visão melhor da que ele tinha antes da catarata. Inúmeros exames são necessários, aliados à tecnologia de última geração, a lentes intraoculares extremamente sofisticadas e a profissionais muito capacitados.
A catarata sempre foi negativamente associada ao envelhecimento. Reconheço que não é mais assim. A catarata é apenas uma etapa da disfunção do cristalino humano, que é uma espécie de lente que todos temos dentro do olho. Mudanças progressivas ocorrem naturalmente neste cristalino, se iniciam na presbiopia (dificuldade de visão para perto, em torno dos 40 anos) e vai culminar na catarata. Quando diagnosticamos uma catarata, significa dizer que esta lente inicialmente transparente sofreu alterações, foi perdendo a flexibilidade, provocando a dispersão de luz à noite, diminui a transparência se tornando opaca, rígida e diminui a qualidade de visão.
O paciente sente perda da nitidez da visão, instabilidade na qualidade de visão durante o dia, há momentos que vê melhor, outros pior, e finalmente, percebe que não enxerga como enxergava antes.
Cabe a nós, médicos cirurgiões, definir, junto ao nosso paciente, o melhor momento para indicar a cirurgia e tranquilizá-lo, pois não é uma urgência que vai levar à cegueira do dia para a noite. É um processo progressivo cuja velocidade é muito individual e o nosso principal objetivo é restaurar a qualidade de visão e de vida dele. Tudo isto alinhado a um bom relacionamento médico-paciente, para que ele se sinta seguro para confiar seu bem tão precioso, sua visão, às nossas mãos.
Em quase 20 anos de atuação como oftalmologista, percebo mudanças em todos os setores relacionados às doenças do olho, do diagnóstico ao tratamento, e especificamente, em relação à cirurgia de catarata. A tecnologia está ao nosso favor.
Um homem do nosso século recebe, em um mês, a mesma quantidade de informação que um homem do século 19 recebia em uma vida inteira. A cada dia surgem inúmeras novidades de técnicas cirúrgicas.
A globalização permitiu uma interação tão imediata e completa entre todos os médicos dos quatro cantos do mundo que podemos nos orgulhar de oferecer ao nosso paciente uma medicina igual à que ele receberia nos países mais desenvolvidos.
Além disto, existe uma mudança na mentalidade da nossa oftalmologia: antes o modelo médico era baseado no tratamento da doença. Agora nosso modelo é orientado ao paciente: tratamento para a qualidade de vida! Personalizado, para responder às expectativas, desejos e necessidades dos nossos pacientes.
Em relação à cirurgia de catarata, o paradigma anterior era oferecer uma visão melhor da que ele tinha com a catarata. Atualmente nossa maior satisfação é oferecer ao paciente uma visão melhor da que ele tinha antes da catarata. Inúmeros exames são necessários, aliados à tecnologia de última geração, a lentes intraoculares extremamente sofisticadas e a profissionais muito capacitados.
A catarata sempre foi negativamente associada ao envelhecimento. Reconheço que não é mais assim. A catarata é apenas uma etapa da disfunção do cristalino humano, que é uma espécie de lente que todos temos dentro do olho. Mudanças progressivas ocorrem naturalmente neste cristalino, se iniciam na presbiopia (dificuldade de visão para perto, em torno dos 40 anos) e vai culminar na catarata. Quando diagnosticamos uma catarata, significa dizer que esta lente inicialmente transparente sofreu alterações, foi perdendo a flexibilidade, provocando a dispersão de luz à noite, diminui a transparência se tornando opaca, rígida e diminui a qualidade de visão.
O paciente sente perda da nitidez da visão, instabilidade na qualidade de visão durante o dia, há momentos que vê melhor, outros pior, e finalmente, percebe que não enxerga como enxergava antes.
Cabe a nós, médicos cirurgiões, definir, junto ao nosso paciente, o melhor momento para indicar a cirurgia e tranquilizá-lo, pois não é uma urgência que vai levar à cegueira do dia para a noite. É um processo progressivo cuja velocidade é muito individual e o nosso principal objetivo é restaurar a qualidade de visão e de vida dele. Tudo isto alinhado a um bom relacionamento médico-paciente, para que ele se sinta seguro para confiar seu bem tão precioso, sua visão, às nossas mãos.