As homenagens na Missa do Vaqueiro
Giovanni Mastroianni
Advogado, administrador e jornalista
Giovanni Mastroianni
Advogado, administrador e jornalista
Publicado em: 17/07/2018 03:00 Atualizado em: 17/07/2018 10:30
De 19 a 22 de julho, realiza-se, no município de Serrita, em pleno sertão de Pernambuco, a 48.ª Missa do Vaqueiro, culto à memória do vaqueiro Raimundo Jacó, num tradicional acontecimento que, a 538 quilômetros do Recife, mescla o sagrado e o profano, presumindo-se reunir cerca de 50 mil participantes.
Este ano, alia-se mais uma reverência a esse evento, quando, também, se homenageia o centenário de nascimento do “imortal de Caruaru” , o saudoso escritor Nelson Barbalho, autor da letra de “A morte do vaqueiro”, em parceria com o sanfoneiro Luiz Gonzaga, música inspiradora desse evento, que se consagrou, indubitavelmente, como a maior festa do sertão pernambucano, em que são preservadas cultura, fé e tradições nordestinas.
Indiscutivelmente, destaque maior estará reservado para o domingo, dia 22, quando será celebrada a missa em homenagem ao vaqueiro Raimundo Jacó, traiçoeiramente assassinado, nas catingas do Sítio das Lages, um dos distritos de Serrita, implantado no alto sertão do Araripe.
Circunstância sui generis, nas comemorações, é que os vaqueiros sertanejos, de todas as partes do Norte e Nordeste, paramentados a caráter, com suas costumeiras roupas de couro, comparecem ao local da missa, sempre munidos de arreios e demais instrumentos utilizados, dia a dia, no pastoreio do gado.
Registra, a história que a primeira missa celebrada, em memória ao vaqueiro assassinado, foi idealizada pelo seu primo Luiz Gonzaga – o rei do baião –, tendo sido celebrada pelo padre João Câncio dos Santos, ao ar livre, cujo altar, construído com pedra rústica, em forma de ferradura, assim ainda se mantém..
Ponto alto das solenidades ocorre por ocasião do ofertório, ocasião em que os vaqueiros, confraternizados pela fé cristã, dirigem-se ao altar, a fim de fazerem suas oferendas, com peças de seus vestuários de couro, além de arreios e instrumentos utilizados por ocasião do pastoreio do gado. Nessa ocasião são improvisados versos de aboio, geralmente alusivos aos objetos ofertados.
Precedem os atos religiosos as festividades profanas, como parte das manifestações folclóricas, com a realização de vaquejadas, exibições de bandas de pífano, apresentações de zabumbeiros, sem faltarem os sons dos sanfoneiros, tocando xaxado, baião, xote e coco, bem como dos aboieiros e poetas improvisadores, os não menos famosos repentistas.
Justo afirmar-se que essas costumeiras festividades são, também, uma singela homenagem a esses heróis vaqueiros que, fiéis às suas tradições, com muita coragem, enfrentam os perigos do sofrido sertão nordestino. A todos esses homenageados associa-se, in memoriam, neste 2018, o nome do escritor caruaruense Nelson Barbalho, falecido em outubro de 1993.
Este ano, alia-se mais uma reverência a esse evento, quando, também, se homenageia o centenário de nascimento do “imortal de Caruaru” , o saudoso escritor Nelson Barbalho, autor da letra de “A morte do vaqueiro”, em parceria com o sanfoneiro Luiz Gonzaga, música inspiradora desse evento, que se consagrou, indubitavelmente, como a maior festa do sertão pernambucano, em que são preservadas cultura, fé e tradições nordestinas.
Indiscutivelmente, destaque maior estará reservado para o domingo, dia 22, quando será celebrada a missa em homenagem ao vaqueiro Raimundo Jacó, traiçoeiramente assassinado, nas catingas do Sítio das Lages, um dos distritos de Serrita, implantado no alto sertão do Araripe.
Circunstância sui generis, nas comemorações, é que os vaqueiros sertanejos, de todas as partes do Norte e Nordeste, paramentados a caráter, com suas costumeiras roupas de couro, comparecem ao local da missa, sempre munidos de arreios e demais instrumentos utilizados, dia a dia, no pastoreio do gado.
Registra, a história que a primeira missa celebrada, em memória ao vaqueiro assassinado, foi idealizada pelo seu primo Luiz Gonzaga – o rei do baião –, tendo sido celebrada pelo padre João Câncio dos Santos, ao ar livre, cujo altar, construído com pedra rústica, em forma de ferradura, assim ainda se mantém..
Ponto alto das solenidades ocorre por ocasião do ofertório, ocasião em que os vaqueiros, confraternizados pela fé cristã, dirigem-se ao altar, a fim de fazerem suas oferendas, com peças de seus vestuários de couro, além de arreios e instrumentos utilizados por ocasião do pastoreio do gado. Nessa ocasião são improvisados versos de aboio, geralmente alusivos aos objetos ofertados.
Precedem os atos religiosos as festividades profanas, como parte das manifestações folclóricas, com a realização de vaquejadas, exibições de bandas de pífano, apresentações de zabumbeiros, sem faltarem os sons dos sanfoneiros, tocando xaxado, baião, xote e coco, bem como dos aboieiros e poetas improvisadores, os não menos famosos repentistas.
Justo afirmar-se que essas costumeiras festividades são, também, uma singela homenagem a esses heróis vaqueiros que, fiéis às suas tradições, com muita coragem, enfrentam os perigos do sofrido sertão nordestino. A todos esses homenageados associa-se, in memoriam, neste 2018, o nome do escritor caruaruense Nelson Barbalho, falecido em outubro de 1993.