E o meu direito?
Jaime Xavier
Mestre em Administração de Negócios pela COPPE %u2013 RJ. Sócio-Diretor da XConsult %u2013 Consultoria Empresarial. Sócio-Diretor Comercial da Sabor Saudável Produtos Alimentícios.
Publicado em: 10/05/2018 03:00 Atualizado em: 10/05/2018 09:21
É indiscutível, até por ser previsto em lei, que todos têm o direito de se manifestar livremente. É também evidente e também previsto em lei, que a todo o cidadão é garantido o direito de ir e vir.
Então, se concordamos que as duas disposições legais acima colocadas são procedentes, não consigo compreender onde está garantido, que haja grupos ou segmentos da sociedade que possam em qualquer ocasião, e por qualquer justificativa, ter os seus interesses priorizados, sem que se considere o prejuízo causado aos demais.
É para mim, no mínimo estranho, vermos bandos de pessoas às vezes composto por pouquíssimos representantes, bloqueando estradas, queimando pneus, ocupando vias e invadindo prédios, sob a complacência e a proteção do Estado e da própria Justiça.
Não entendo bem por que nestes casos, o poder e a Justiça que deveriam servir a todos, passem a proteger somente os que, levando em conta apenas seus próprios interesses e incitados por seus mandantes, e funcionem como suporte a uma parte da sociedade, sem parecer levar em conta os problemas causados à maioria.
Para ser mais explicito, foi isso que me aconteceu há alguns dias, quando presenciei não mais que 20 pessoas, impedirem a circulação, em uma das mais importantes vias de escoamento da Zona Sul da cidade do Recife, sob a proteção e o olhar condescendente de um grande numero de policiais – acho até que havia ali mais policiais que manifestantes.
Onde está então o meu direito, tendo um compromisso com hora marcada, ao qual não consegui chegar. A quem devo responsabilizar por isso? Quem irá responder pelos danos morais e materiais que me foram causados?
Fala-se muito em desigualdade, nas perdas sofridas pelas chamadas “minorias”, termo que de tão abrangente como designação para todos os tipos de grupos, já não sabemos mais a que, ou a quem se referem.
Mas, e a minha “minoria”? A dos que têm e desejam cumprir seus compromissos e obrigações e levar adiante seus negócios e interesses, com segurança e tranquilidade e que, para isso pagam impostos e cumprem suas obrigações para com o Estado?
Talvez fosse um caminho, a adoção de algumas exigências para que, o interesse de uns poucos, não interfira tão irresponsavelmente, na liberdade de ação de muitos, como estabelecer áreas e limites onde estas manifestações possam ser levadas a efeito (parques, praças etc) e utilizar a força pública no controle deste limites e para impedir os abusos e depredações que tantas vezes acontecem nestas ocasiões.
Evidentemente, minha sugestão não diz respeito a grandes movimentos populares, como tivemos ocasião de presenciar há alguns anos, e hoje ainda vemos, independentemente das posições que defendam, mas programados e adequadamente submetidos aos órgãos encarregados de avaliar e autorizar a sua realização.
Talvez, medidas simples como estas, possam de fato e, de forma diferente do que acontece hoje, garantir os direitos de todos, e evitar os prejuízos causados pela ocupação desordenada de um espaço que pertence a todos nós.
Então, se concordamos que as duas disposições legais acima colocadas são procedentes, não consigo compreender onde está garantido, que haja grupos ou segmentos da sociedade que possam em qualquer ocasião, e por qualquer justificativa, ter os seus interesses priorizados, sem que se considere o prejuízo causado aos demais.
É para mim, no mínimo estranho, vermos bandos de pessoas às vezes composto por pouquíssimos representantes, bloqueando estradas, queimando pneus, ocupando vias e invadindo prédios, sob a complacência e a proteção do Estado e da própria Justiça.
Não entendo bem por que nestes casos, o poder e a Justiça que deveriam servir a todos, passem a proteger somente os que, levando em conta apenas seus próprios interesses e incitados por seus mandantes, e funcionem como suporte a uma parte da sociedade, sem parecer levar em conta os problemas causados à maioria.
Para ser mais explicito, foi isso que me aconteceu há alguns dias, quando presenciei não mais que 20 pessoas, impedirem a circulação, em uma das mais importantes vias de escoamento da Zona Sul da cidade do Recife, sob a proteção e o olhar condescendente de um grande numero de policiais – acho até que havia ali mais policiais que manifestantes.
Onde está então o meu direito, tendo um compromisso com hora marcada, ao qual não consegui chegar. A quem devo responsabilizar por isso? Quem irá responder pelos danos morais e materiais que me foram causados?
Fala-se muito em desigualdade, nas perdas sofridas pelas chamadas “minorias”, termo que de tão abrangente como designação para todos os tipos de grupos, já não sabemos mais a que, ou a quem se referem.
Mas, e a minha “minoria”? A dos que têm e desejam cumprir seus compromissos e obrigações e levar adiante seus negócios e interesses, com segurança e tranquilidade e que, para isso pagam impostos e cumprem suas obrigações para com o Estado?
Talvez fosse um caminho, a adoção de algumas exigências para que, o interesse de uns poucos, não interfira tão irresponsavelmente, na liberdade de ação de muitos, como estabelecer áreas e limites onde estas manifestações possam ser levadas a efeito (parques, praças etc) e utilizar a força pública no controle deste limites e para impedir os abusos e depredações que tantas vezes acontecem nestas ocasiões.
Evidentemente, minha sugestão não diz respeito a grandes movimentos populares, como tivemos ocasião de presenciar há alguns anos, e hoje ainda vemos, independentemente das posições que defendam, mas programados e adequadamente submetidos aos órgãos encarregados de avaliar e autorizar a sua realização.
Talvez, medidas simples como estas, possam de fato e, de forma diferente do que acontece hoje, garantir os direitos de todos, e evitar os prejuízos causados pela ocupação desordenada de um espaço que pertence a todos nós.