Editorial
O país está mudando
Publicado em: 30/04/2018 09:00 Atualizado em:
Os brasileiros estão cada vez mais conectados ao universo virtual. O acesso à internet é realidade em 70% dos lares (49,2 milhões) do país, desde o ano passado — expansão de sete pontos percentuais em relação a 2016 —, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com a substituição do sinal analógico pelo digita, os smartphones e as tevês de última geração se tornaram os principais equipamentos para o brasileiro entrar na rede mundial de comunicação. Em 2017, o número de lares com aparelhos de telefonia móvel cresceu em 800 mil e os televisores de tela fina chegaram a 2,5 milhões de residências.
Mas as facilidades de viajar virtualmente pelo planeta ou de acessar aplicativos educativos disponíveis na internet ainda não faz parte do hábito brasileiro. A maioria usa a rede mundial para o entretenimento — vídeos e sites de diversão. A mudança sinaliza para a necessidade de rever os modelos de educação. Se mais crianças, jovens e adultos acessam a internet, é possível orientá-los a fazer bom uso dessa ferramenta para o desenvolvimento pessoal. Esse processo pode ser induzido e orientado pelos educadores em todas as faixas etárias a fim de o usuário agregar mais conhecimento.
A pesquisa constatou que o envelhecimento da população caminha a passo largos. Nos últimos cinco anos, a população de idosos cresceu 18% e, hoje, somam 30,2 milhões. Em sentido contrário, a taxa de fecundidade segue em queda, como ocorre na maioria dos países desenvolvidos. O fenômeno reforça a preocupação com a sobrevida do sistema previdenciário.
O número de beneficiários da Previdência (aposentados, pensionistas e outros) cresce e o de contribuintes tende a cair. A inversão exige a revisão do atual sistema para que se torne sustentável. Postergar uma decisão não muda a realidade, mas pode levar a uma crise de difícil solução. O envelhecimento populacional impõe ainda ao poder público o desenvolvimento de políticas que contemplem a mudança no perfil da sociedade. Há de se implementar políticas e serviços nos campos da saúde, da educação,da acessibilidade, da locomoção, entre outras, compatíveis com as demandas dessa parcela, cada vez mais expressiva no país.
A sondagem do IBGE mostrou que o desemprego segue como um dos grandes dramas do país. A taxa de desocupação fechou o primeiro trimestre deste ano em 13,1%, ou seja, 13,7 milhões de brasileiros estão sem trabalho, uma alta de 1,3 ponto percentual em relação a igual período de 2017. O dado é uma advertência aos poderes Executivo e Legislativo. Ambos têm de adotar ações mais efetivas que induzam o crescimento da economia.
Há quase quatro anos, o país convive com essa dramática realidade. Os empresários se mantêm na retranca, não expandem os negócios ante a instabilidade política. O Congresso adia a votação de medidas propostas pela equipe econômica. Enquanto isso, o país patina e a sociedade paga alto preço não só com o desemprego, mas também com má qualidade dos serviços públicos oferecidos. O momento exige que os políticos repensem e adotem uma postura republicana lembrando que brasileiros vão às urnas em outubro próximo.
Mas as facilidades de viajar virtualmente pelo planeta ou de acessar aplicativos educativos disponíveis na internet ainda não faz parte do hábito brasileiro. A maioria usa a rede mundial para o entretenimento — vídeos e sites de diversão. A mudança sinaliza para a necessidade de rever os modelos de educação. Se mais crianças, jovens e adultos acessam a internet, é possível orientá-los a fazer bom uso dessa ferramenta para o desenvolvimento pessoal. Esse processo pode ser induzido e orientado pelos educadores em todas as faixas etárias a fim de o usuário agregar mais conhecimento.
A pesquisa constatou que o envelhecimento da população caminha a passo largos. Nos últimos cinco anos, a população de idosos cresceu 18% e, hoje, somam 30,2 milhões. Em sentido contrário, a taxa de fecundidade segue em queda, como ocorre na maioria dos países desenvolvidos. O fenômeno reforça a preocupação com a sobrevida do sistema previdenciário.
O número de beneficiários da Previdência (aposentados, pensionistas e outros) cresce e o de contribuintes tende a cair. A inversão exige a revisão do atual sistema para que se torne sustentável. Postergar uma decisão não muda a realidade, mas pode levar a uma crise de difícil solução. O envelhecimento populacional impõe ainda ao poder público o desenvolvimento de políticas que contemplem a mudança no perfil da sociedade. Há de se implementar políticas e serviços nos campos da saúde, da educação,da acessibilidade, da locomoção, entre outras, compatíveis com as demandas dessa parcela, cada vez mais expressiva no país.
A sondagem do IBGE mostrou que o desemprego segue como um dos grandes dramas do país. A taxa de desocupação fechou o primeiro trimestre deste ano em 13,1%, ou seja, 13,7 milhões de brasileiros estão sem trabalho, uma alta de 1,3 ponto percentual em relação a igual período de 2017. O dado é uma advertência aos poderes Executivo e Legislativo. Ambos têm de adotar ações mais efetivas que induzam o crescimento da economia.
Há quase quatro anos, o país convive com essa dramática realidade. Os empresários se mantêm na retranca, não expandem os negócios ante a instabilidade política. O Congresso adia a votação de medidas propostas pela equipe econômica. Enquanto isso, o país patina e a sociedade paga alto preço não só com o desemprego, mas também com má qualidade dos serviços públicos oferecidos. O momento exige que os políticos repensem e adotem uma postura republicana lembrando que brasileiros vão às urnas em outubro próximo.