Editorial Diario de Pernambuco rumo ao bicentenário

Publicado em: 07/04/2018 03:00 Atualizado em: 09/04/2018 09:38

O Diario de Pernambuco é um patrimônio do jornalismo brasileiro.  Ao longo dos seus 192 anos sua existência nunca esteve, nem está agora, ameaçada. A qualidade do seu conteúdo permanece reconhecida, como atesta o mais recente ranking dos veículos mais premiados da imprensa brasileira, tradicional levantamento realizado pelo Jornalistas&Cia (SP), e divulgado em janeiro passado. O Diario aparece aí em primeiro lugar no Nordeste e em décimo lugar no Brasil, à frente de publicações e empresas poderosas, como portal UOL, TV Globonews, TV Record, revista Exame, revista Época, jornal Estado de Minas, jornal Correio Braziliense, e outros.

Fazemos a comparação não como uma forma de nos mostrar melhor que outros, e sim para reforçar perante o leitor o fato de que estamos diante de um feito extraordinário: uma publicação regional, longe do chamado centro do poder econômico e político, ocupa lugar de destaque entre os dez mais do Brasil.

Mais antigo jornal em circulação na América Latina, o Diario destaca-se também na internet - nossos canais digitais são liderança em termos regional e nacional. Acabamos de atingir o total de um milhão de seguidores no Twitter - o primeiro jornal do Nordeste a ultrapassar esta marca. Temos mais de 1,3 milhão no Facebook e quase 550 mil no Instagram, números que nos colocam em primeiro lugar no Norte-Nordeste. Em relação ao país, somos o quinto colocado em total de seguidores nas redes sociais. São relevantes também, em termos de Nordeste e Brasil, os números de visitantes únicos do site diariodepernambuco.com.br.

Uma publicação com estas credenciais tem o alicerce necessário para fazer frente à crise que não é de uma só publicação, deste ou daquele estado, deste ou daquele país - é a crise de todo um modelo, com magnitude mundial. É para ajustar-se a este novo panorama que todas as empresas do setor têm procurado fazer os seus ajustes, buscando novas fontes de receitas e reduzindo custos - e aí, inevitavelmente, tendo que recorrer a desligamentos de funcionários. Nenhuma empresa age assim por capricho, mas por necessidade. Ao fazê-lo, não é do intuito de nenhum veículo optar pela autoextinção, e sim evitar ser tragado pela crise. Não o faz para deliberadamente enfraquecer-se, e sim buscando fortalecer-se.

Este é o caso do Diario de Pernambuco. Nos últimos dias fomos forçados, com pesar, a proceder ao desligamento de muitos profissionais. Assim agimos premidos pelas circunstâncias, e com um objetivo claro: propiciar condições para que o jornal supere as dificuldades do momento e possa continuar executando o jornalismo de qualidade que o caracteriza. Qualquer publicação que busque adaptar-se ao ecossistema midiático criado pela revolução digital, terá de cedo ou tarde fazer os seus ajustes.

É em respeito aos profissionais afastados e aos que ficam, em respeito aos leitores e anunciantes, em respeito ao povo de Pernambuco que sempre nos honrou com sua colaboração, que fazemos estes esclarecimentos. As crises vêm e passam. Esta também vai passar. E o Diario de Pernambuco seguirá rumo ao seu bicentenário como o que sempre foi: um jornal vibrante e atual, patrimônio do jornalismo pernambucano e brasileiro.

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