Deu na TV Jornal e na Globo...
Almeri Bezerra de Mello
Representante adjunto do Unicef na África do Oeste e ex-presidente do Serviço Social Agamenon Magalhães
Publicado em: 15/03/2018 03:00 Atualizado em: 15/03/2018 09:51
Não sei se deu também no The New York Times ...!
Mas, por aqui deu, à noite e na manhã no dia seguinte, na televisão: “a partir do dia primeiro de agosto, os meninos que estão sendo amamentados pelas prisioneiras do Bom Pastor não o serão mais”. Decisão judicial! A tal que não se discute: cumpre-se!!!
O meritíssimo juiz do Cabo - foi nesta condição que o conheci, quando mandava internar meninos, de famílias residentes na sua comarca, em abrigos do Recife. Estes se recusavam, não cumprindo a ordem do juiz, que justificava a sua decisão: “não há abrigos no Cabo!”.
“Mande-os para Banjul!” objetou um conselheiro tutelar desabusado, sabendo que a capital da Gâmbia ficava logo do outro lado do mar. Ele o sabia, mas, o meritíssimo juiz não o sabia. Nem tinha obrigação de sabê-lo.
Agora, segundo a TV, o problema é outro!
O juiz descobriu no Bom Pastor “meninos sendo amamentados” em ambiente onde as mães fumavam. Ambiente tabagista! Como ninguém nunca viu em Boa Viagem nem em bairros cleans como a Capunga ou o Espinheiro. A denúncia foi grave: entravam cigarros, mas também maconha e craque no presídio das mulheres, ironicamente denominado de Bom-Pastor. Culpa de quem?
Alguns amigos pensaram que eu tinha a ver alguma coisa com esta história: e telefonaram e pediram que eu encontrasse os caminhos para conter a fúria sagrada do meritíssimo juiz. Meu neto quis saber: “Vovô: todo juiz é meritíssimo?”
Eu tenho respeito (e medo!) de todos os juízes. “Mandam e rolam!”, dizia o meu boy-cuisinier, de Dakar, falando... dos vizinhos do Senegal. Deste país ele sabia pouco... (justificava-se) pois vivera mais tempo fora do país! Prudente e elegante o Bubacar!..
Aqui, não! As avaliações são variadas.
O juiz, de nome aramaico, tem todo o direito de tomar as medidas cabíveis. Menino de peito ouvindo histórias que nem no Recife Antigo se contam mais? Não pode! Uma das residentes o disse ao jornalista que a entrevistava...” o ambiente aqui é impróprio para crianças”.
Parece que o juiz entendeu: há de se internar estes meninos. Internar onde? “Chez lui!” respondeu uma das minhas filhas que quando está com raiva só fala francês.
Internar, onde: chez lui!!!
Mas, por aqui deu, à noite e na manhã no dia seguinte, na televisão: “a partir do dia primeiro de agosto, os meninos que estão sendo amamentados pelas prisioneiras do Bom Pastor não o serão mais”. Decisão judicial! A tal que não se discute: cumpre-se!!!
O meritíssimo juiz do Cabo - foi nesta condição que o conheci, quando mandava internar meninos, de famílias residentes na sua comarca, em abrigos do Recife. Estes se recusavam, não cumprindo a ordem do juiz, que justificava a sua decisão: “não há abrigos no Cabo!”.
“Mande-os para Banjul!” objetou um conselheiro tutelar desabusado, sabendo que a capital da Gâmbia ficava logo do outro lado do mar. Ele o sabia, mas, o meritíssimo juiz não o sabia. Nem tinha obrigação de sabê-lo.
Agora, segundo a TV, o problema é outro!
O juiz descobriu no Bom Pastor “meninos sendo amamentados” em ambiente onde as mães fumavam. Ambiente tabagista! Como ninguém nunca viu em Boa Viagem nem em bairros cleans como a Capunga ou o Espinheiro. A denúncia foi grave: entravam cigarros, mas também maconha e craque no presídio das mulheres, ironicamente denominado de Bom-Pastor. Culpa de quem?
Alguns amigos pensaram que eu tinha a ver alguma coisa com esta história: e telefonaram e pediram que eu encontrasse os caminhos para conter a fúria sagrada do meritíssimo juiz. Meu neto quis saber: “Vovô: todo juiz é meritíssimo?”
Eu tenho respeito (e medo!) de todos os juízes. “Mandam e rolam!”, dizia o meu boy-cuisinier, de Dakar, falando... dos vizinhos do Senegal. Deste país ele sabia pouco... (justificava-se) pois vivera mais tempo fora do país! Prudente e elegante o Bubacar!..
Aqui, não! As avaliações são variadas.
O juiz, de nome aramaico, tem todo o direito de tomar as medidas cabíveis. Menino de peito ouvindo histórias que nem no Recife Antigo se contam mais? Não pode! Uma das residentes o disse ao jornalista que a entrevistava...” o ambiente aqui é impróprio para crianças”.
Parece que o juiz entendeu: há de se internar estes meninos. Internar onde? “Chez lui!” respondeu uma das minhas filhas que quando está com raiva só fala francês.
Internar, onde: chez lui!!!