O ataque agora é contra as universidades públicas
José Audisio Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco. Diretor da Associação dos Docentes da UFPE (ADUFEPE)
Publicado em: 09/03/2018 03:00 Atualizado em: 12/03/2018 10:46
O Brasil, um país colonizado pelos portugueses, desenvolveu uma elite de natureza agrícola e exploração do subsolo, extremamente subserviente desta aos ditames das grandes nações (Inglaterra, a França e mais recentemento do império norte-americano).
Em nossa evolução verificamos que os que desenvolveram uma concepção nacionalista, como Barão de Mauá e Delmiro Gouveia foram desprestigiados pelos governantes de sua época. No período de 1930 a 1945, e 1951 a 1954, o presidente Vargas tentou criar a cultura nacional de industrialização, as pressões das “forças ocultas” do capital internacional (como ocorre atualmente), com apoio da elite econômica e política brasileira o levaram ao suicídio.
Na perspectiva nacionalista em 1950, começa uma nova era de avanço das universidades brasileiras, voltadas ao desenvolvimento de uma produção científica e inovação tecnológica, associada à formação de quadros, fundamentais para servir ao Brasil. Para tanto, foi sancionada (João Goulart) a Lei 3.998 (1961) autorizando a criação da Universidade de Brasília. Em 1962 foram criadas regras e concepções da nova universidade, nas quais estavam as ideias de uma evolução científica, tecnológica e acadêmica comprometidas com as melhorias da qualidade de vida do povo brasileiro.
O Brasil é uma nação de grande importância dada a sua condição de extensão territorial, a riqueza de seu subsolo (em minérios: ouro, ferro, cobre, pedras preciosas, etc.), elevada capacidade de produção de alimentos e maior reserva de água doce do mundo e condições climáticas favoráveis, se comparadas a países de outros continentes. Mais recentemente com o desenvolvimento de exploração do petróleo na camada do pré-sal, utilizando tecnologia nacional, torna-se o país possuidor de uma grande reserva desta preciosa riqueza.
As universidades públicas brasileiras são as principais produtoras do conhecimento científico e inovação tecnológica, bem como importantes na formação profissional de qualidade na graduação e pós-graduação.
Por isto estamos vendo uma tentativa de descaracterizar o grande papel das universidades públicas, ao negar os recursos necessários à suas atividades: ensino, pesquisa e extensão, com aplicação da PEC 55 e seguindo orientação do Banco Mundial. Além disto, desrespeitando nossa Constituição, reitores e outras autoridades são presas coercitivamente, antes de serem feitas as devidas averiguações e chamamento para deporem como determina a legislação brasileira, a exemplo do que ocorreu nas UFRGS, UFPR, UFSC e UFMG. Acrescente-se a isto o absurdo de proibir professores de fazer pesquisas sobre a nossa história como foi o caso do professor de Juiz de Fora que está tendo seu trabalho sobre as ligas comunistas, impedido judicialmente de ter continuidade. Estas medidas levarão o país a ser dependente das nações desenvolvidas e sem soberania. Tais medidas são apresentadas como justificativas de tornar mais eficaz a gestão pública. Mas, em nenhum momento se fala em fazer auditoria da dívida pública brasileira, principal fonte de despesa nacional.
Por isto, é preciso fortalecer a luta em defesa do Brasil, das universidades públicas e, ao mesmo tempo, posicionar-se contra a reforma da Previdência e que o governo tenha coragem de tomar medidas para receber as dívidas de impostos, taxar grandes fortunas, punir sonegadores. Pois, são os impostos que permitem a realização de obras de infraestrutura, investimento em saúde, educação, segurança, entre outras, necessárias ao bem estar da sociedade.
Em nossa evolução verificamos que os que desenvolveram uma concepção nacionalista, como Barão de Mauá e Delmiro Gouveia foram desprestigiados pelos governantes de sua época. No período de 1930 a 1945, e 1951 a 1954, o presidente Vargas tentou criar a cultura nacional de industrialização, as pressões das “forças ocultas” do capital internacional (como ocorre atualmente), com apoio da elite econômica e política brasileira o levaram ao suicídio.
Na perspectiva nacionalista em 1950, começa uma nova era de avanço das universidades brasileiras, voltadas ao desenvolvimento de uma produção científica e inovação tecnológica, associada à formação de quadros, fundamentais para servir ao Brasil. Para tanto, foi sancionada (João Goulart) a Lei 3.998 (1961) autorizando a criação da Universidade de Brasília. Em 1962 foram criadas regras e concepções da nova universidade, nas quais estavam as ideias de uma evolução científica, tecnológica e acadêmica comprometidas com as melhorias da qualidade de vida do povo brasileiro.
O Brasil é uma nação de grande importância dada a sua condição de extensão territorial, a riqueza de seu subsolo (em minérios: ouro, ferro, cobre, pedras preciosas, etc.), elevada capacidade de produção de alimentos e maior reserva de água doce do mundo e condições climáticas favoráveis, se comparadas a países de outros continentes. Mais recentemente com o desenvolvimento de exploração do petróleo na camada do pré-sal, utilizando tecnologia nacional, torna-se o país possuidor de uma grande reserva desta preciosa riqueza.
As universidades públicas brasileiras são as principais produtoras do conhecimento científico e inovação tecnológica, bem como importantes na formação profissional de qualidade na graduação e pós-graduação.
Por isto estamos vendo uma tentativa de descaracterizar o grande papel das universidades públicas, ao negar os recursos necessários à suas atividades: ensino, pesquisa e extensão, com aplicação da PEC 55 e seguindo orientação do Banco Mundial. Além disto, desrespeitando nossa Constituição, reitores e outras autoridades são presas coercitivamente, antes de serem feitas as devidas averiguações e chamamento para deporem como determina a legislação brasileira, a exemplo do que ocorreu nas UFRGS, UFPR, UFSC e UFMG. Acrescente-se a isto o absurdo de proibir professores de fazer pesquisas sobre a nossa história como foi o caso do professor de Juiz de Fora que está tendo seu trabalho sobre as ligas comunistas, impedido judicialmente de ter continuidade. Estas medidas levarão o país a ser dependente das nações desenvolvidas e sem soberania. Tais medidas são apresentadas como justificativas de tornar mais eficaz a gestão pública. Mas, em nenhum momento se fala em fazer auditoria da dívida pública brasileira, principal fonte de despesa nacional.
Por isto, é preciso fortalecer a luta em defesa do Brasil, das universidades públicas e, ao mesmo tempo, posicionar-se contra a reforma da Previdência e que o governo tenha coragem de tomar medidas para receber as dívidas de impostos, taxar grandes fortunas, punir sonegadores. Pois, são os impostos que permitem a realização de obras de infraestrutura, investimento em saúde, educação, segurança, entre outras, necessárias ao bem estar da sociedade.