reforma da previdência
'Problema fiscal é do País, não apenas do próximo governo', diz Guardia
O ministro da Fazenda também destacou a importância da manutenção do teto de gastos, que tem sido alvo de críticas por diversas candidaturas à Presidência da República
Por: AE
Publicado em: 03/10/2018 15:07 Atualizado em:
![]() | |
Foto: Arquivo / Agência Estado |
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse nesta quarta-feira (3) que o problema fiscal "é um problema do País", não apenas do próximo governo, e que a reforma da Previdência é ponto central para resolver a situação das contas. Para o ministro, é importante "não negar que o problema existe" para que seja possível solucioná-lo.
"Quando se tem um problema, a coisa mais importante é entender a natureza do problema, não negar que o problema existe e buscar soluções que são adequadas para o tipo de problema que a gente tem. A gente tem um problema fiscal, e o ponto central é o desequilíbrio na Previdência, então esse é o primeiro passo necessário para termos um ajuste consistente e acelerar o crescimento econômico", afirmou, indicando que o desafio existirá independentemente do resultado das eleições presidenciais. "É um problema do País, não do próximo governo", disse.
Guardia esteve nesta quarta-feira em almoço com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a convite do presidente da corte, ministro Dias Toffoli. Ele traçou um cenário sobre os problemas e desafios econômicos que o País tem pela frente.
"Não teve um tema específico, foi um almoço com presença de quase todos os ministros, sobre a situação econômica do País. Dei minha visão sobre a importância do processo de reformas que a gente vem conduzindo e sobretudo da continuidade desse processo de reformas para que a gente possa continuar numa trajetória de crescimento", afirmou Guardia.
O ministro da Fazenda também destacou a importância da manutenção do teto de gastos, que tem sido alvo de críticas por diversas candidaturas à Presidência da República.
Guardia contou que não tratou de temas específicos, como processos judiciais nos quais a equipe econômica tem interesse (como a ação que pretende barrar o adiamento do reajuste dos servidores de 2019 para 2020), nem sobre o aumento salarial de 16,38% aprovado pelos ministros do STF na própria remuneração.
"Foi uma gentileza do presidente Toffoli de me convidar. Não tratei de nenhum interesse da Fazenda, até porque não era o momento", explicou.